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Voluntário de projeto social estuprou 15 crianças

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publicado em 18/09/2017 às 18h59
atualizado em 18/09/2017 às 16h00

Exames do Instituto Médico Legal (IML) de Itapeva (SP) comprovaram que o morador de Ribeirão Branco (SP), que atuava há três anos como voluntário em um projeto social na zona rural da cidade, estuprou 15 meninos entre 9 e 11 anos.

Segundo o delegado da Polícia Civil Lucio Antônio Barbosa, o homem, de 34 anos, foi preso em 23 de agosto após a Justiça ter decretado mandado de prisão temporária de 30 dias.

“Na maioria das crianças foi constatada violência sexual. Em outras, ao menos cinco, constatamos assédio sexual. Não sabemos ao certo quando os abusos aconteceram, mas até o momento fechamos em 15 vítimas. Tem menino que estava com lesão recente nas partes íntimas. Em outros casos os abusos aconteceram há três anos”, explicou em entrevista .

Uma das vítimas teria comentado para amigos da escola que o voluntário teria passado a mão nele e o forçado a fazer sexo. Com isso, os funcionários da escola acionaram os pais da criança e procuraram o Conselho Tutelar.

As vítimas comentaram que o homem oferecia presentes para as crianças e os abusos teriam acontecido na casa dele.

“O homem usava o projeto para se aproximar das crianças. Ele oferecia privilégios e presentes para que eles fossem até a sua casa, onde os abusos eram realizados”, afirma Barbosa.

Segundo a presidente do Conselho Tutelar da cidade, Eliana de Carvalho Rodrigues, as vítimas contaram que o homem dizia que ia matar os pais caso soubessem o que ele tinha feito.

“Ele dizia que, se as crianças contassem, um membro da família iria morrer. Então, elas tinham medo de contar o que aconteciam com elas. Por isso nunca falaram. E, para alguns, ele chegou a dar dinheiro, celular, roupas e sapatos em troca do que ele queria com as crianças.”, destacou.

Segundo o delegado, a polícia vai solicitar que a prisão temporária do suspeito seja prorrogada em mais 30 dias até a conclusão do inquérito.

Lucio Antônio Barbosa afirma que é a primeira vez que a cidade registra um caso com mais de 10 vítimas de estupro. “É um caso muito absurdo e nunca tinha acontecido aqui. Até então havia poucos registros de estupros em Ribeirão Branco”, diz.

A presidente afirmou que as famílias e os meninos terão acompanhando psicológico para que consigam retomar as atividades diárias.

A mãe de uma das vítimas, que prefere não ser identificada, disse que não desconfiava que seu filho havia sofrido esse tipo de abuso.

“É muito triste saber o que ele fez com o filho da gente e com outras crianças inocentes. Saber que ele estava comprando as crianças e que depois as ameaçavam para não falarem nada”, contou.

G1

 

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