João Pessoa, 10 de agosto de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) usou a tribuna da Câmara Federal para fazer a defesa do investimento em ciência e repudiar o contingenciamento de parte do orçamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“Se o período é de escassez e exige cortes e é preciso, sim, cortar despesas, mas nós não podemos começar por aquilo que é essencial ”, destacou.
“O Brasil investe 0,05% do PIB em ciência. E aí nós começamos a perceber qual é o nosso futuro”, disse o parlamentar, fazendo comparativo com outros países que passam por dificuldades financeiras, mas que investem mais em pesquisa que o Brasil.
A Coreia do Sul, segundo relatou o deputado, investe 5% do PIB em ciência: cem vezes mais que o Brasil. A Índia, país que também passa por dificuldade, investe 0,3% do PIB em ciência, dez vezes mais que o Brasil, país que também passa por dificuldade. O México, que também passa por uma crise, investe 1,1% do seu PIB em ciência. A Argentina, um país também em dificuldade, investe 0,6% do PIB em ciência.
O orçamento aprovado pelo Congresso para 2017 e mais o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico previstos para este ano estavam suficientes para manter o CNPq.
Eram previstos R$ 1,3 bilhão, mas 44% desses valores foram contingenciados. O contingenciamento de cerca de R$ 570 milhões deve prejudicar 90 mil bolsistas e 20 mil pesquisadores financiados, em todo o país.
“A pesquisa é essencial não só para o nosso presente, mas, sobretudo, para o nosso futuro. Nós não podemos ter esse tipo de tratamento com quem projeta e pode salvar o nosso país”, contou Pedro Cunha Lima.
MaisPB
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