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após reunião

Índios desocupam canteiro de hidrelétrica no Pará

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publicado em 20/07/2017 às 11h20
atualizado em 20/07/2017 às 08h21

Os índios Munduruku, que ocupavam canteiro de obras da hidrelétrica São Manoel em Jacareacanga, sudoeste do Pará, deixaram o local por volta de 5h30 desta quinta-feira (20). A decisão de desocupar a hidrelétrica ocorreu após uma reunião com o presidenda Funai, Franklimberg de Freitas, que chegou no município por volta de 17h30 de quarta (19) e esteve com as lideranças indígenas até a meia noite e meia.

Os Munduruku reivindicavam a devolução de urnas funerárias que, segundo a tribo, foram enterradas no local onde a hidrelétrica está sendo construída. Eles também cobram a demarcação de terras e a criação de um fundo de amparo para a educação e formação superior dos índios. A Funai e a empresa responsável pela hidrelétrica foram procuradas pelo G1, mas ainda não se manifestaram sobre o atendimento a forma como estas demandas serão atendidas.

A ocupação

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário, os manifestantes que participaram do protesto representam 138 aldeias da bacia do Tapajós. Eles chegaram ao local na noite do dia 15 em quatro barcos para uma manifestação que havia sido definida em maio de 2017, durante um encontro de mulheres das tribos. Em carta aberta divulgada pelos manifestantes através do conselho, os índios alegam que a obra de construção da usina violou dois territorios sagrados.

A hidrelelétrica

A hidrelétrica São Manoel começou a ser construída em 2014 em um trecho do rio Teles Pires que fica perto da fronteira do Pará com o Mato Grosso. Segundo a empresa responsável pela usina o prazo previsto para conclusão da obra é maio de 2018. Quando estiver pronta, seu reservatório terá uma área de 66 quilômetros quadrados, e capacidade de geração de 700 MegaWatts.

G1

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