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Operação Eficiência

MPF-RJ pede pena superior a 40 anos de prisão para Eike Batista e Sérgio Cabral

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publicado em 10/02/2017 às 15h32

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou, nesta sexta-feira (10), o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o empresário Eike Batista e mais sete pessoas. A denúncia é resultado da Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato no Rio.

Segundo os procuradores, a pena de Eike pode chegar a 44 anos e a de Cabral a 50, caso eles sejam condenados por todos crimes denunciados. A legislação brasileira, porém, limita o cumprimento de pena a 30 anos.

Eike é acusado de cometer dois crimes de corrupção ativa e um de lavagem de dinheiro. Já Cabral foi denunciado por dois atos de corrupção passiva, dois de lavagem de dinheiro, além de um de evasão de divisas.

Agora, a Justiça vai decidir se os denunciados viram réus por esses crimes. Eike já responde a processos por crimes financeiros. Cabral já é réu pela Lava Jato.

Denunciados pelo MPF

  • Sérgio Cabral, ex-governador do Rio: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
  • Adriana Ancelmo, mulher de Cabral: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
  • Wilson Carlos, ex-secretário de Governo: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
  • Carlos Miranda, suspeito de ser operador do esquema : corrupção passiva e lavagem de dinheiro
  • Eike Batista, empresário: corrupção ativa e lavagem de dinheiro
  • Flávio Godinho, ex-sócio de Eike: corrupção ativa e lavagem de dinheiro
  • Luiz Arthur Andrade Correia: lavagem de dinheiro
  • Renato Chebar, operador financeiro: lavagem de dinheiro e evasão de divisas
  • Marcelo Chebar, operador financeiro: lavagem de dinheiro e evasão de divisas

Na última quarta (8), a Polícia Federal tinha indiciado 12 pessoas na Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato no Rio. Mas nem todas elas foram denunciadas pelo MPF. Entre as que ficaram de fora, estão os operadores Luiz Carlos Bezerra e Sérgio de Castro Oliveira, a ex-mulher de Cabral, Susana Neves Cabral, e o irmão de Cabral, Mauricio de Oliveira Cabral Santos.

 As investigações continuam e mais pessoas ou crimes ainda podem ser denunciados pelo MPF.

O que diz a denúncia

O MPF investiga dois pagamentos suspeitos feitos por Eike Batista ao ex-governador. O primeiro deles, de US$ 16,5 milhões, se refere a um contrato falso de intermediação da compra de uma mina de ouro. Outro, revelado nesta sexta, seria de R$ 1 milhão a ex-primeira dama e mulher de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo. O escritório de advocacia dela teria recebido a propina numa simulação de prestação de serviços através da EBX, uma das empresas do conglomerado do empresário.

De acordo com os procuradores, ainda não é possível dizer quais negócios de Eike foram favorecidos por causa dos repasses ao grupo do ex-governador.

G1

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