João Pessoa, 05 de janeiro de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O presidente Michel Temer voltou a lamentar nesta quinta-feira (5) a morte de 60 presos em rebeliões em Manaus (AM) e aproveitou para cobrar dos Estados a separação de presos perigosos em prédios isolados nas novas cadeias. Temer também anunciou a construção de cinco novos presídios federais após reunião institucional com ministros de Estado em Brasília.
— Haverá uma determinação do Ministério da Justiça ao Plano Nacional de Segurança Pública, para que nos presídios que vierem a ser construídos nos Estados, [afinal] acabamos de destinar R$ 1,2 bilhão à segurança pública, sendo cerca de R$ 800 milhões para a construção de ao menos um presídio em cada Estado brasileiro, tenham prédios distintos: um para abrigar presos que cometerem delitos de maior potencial ofensivo e outro para abrigar aqueles que praticaram delitos de menor potencial ofensivo.
Temer também disse ter “a intenção de construir mais cinco presídios federais para lideranças de alta periculosidade”, com capacidade entre 200 e 250 vagas em cada um.
— Isso vai custar mais ou menos de R$ 40 a R$ 45 milhões por unidade, portanto, teremos uma verba de R$ 200 milhões mais ou menos que será destinada aos presídios federais. Isso leva algum tempo, mas queremos a construção num menor prazo possível.
O peemedebista também anunciou a liberação de verba para a compra de equipamentos bloqueadores de telefonia celular para serem instalados nos presídios do País.
Temer, porém, foi enfático ao repassar a responsabilidade de monitorar e atender a população carcerária aos Estados.
— Quero registrar que fundamentalmente a tese do controle penitenciário cabe aos Estados, mas outras tantas atividades de segurança cabem à União. […] Ao longo desse período, ocorre um fenômeno que nos chama atenção que é o problema de segurança dos Estados federados. Não poucas vezes a união tem sido solicitada para dar apoio e amparo nas questões de segurança.
No último final de semana, duas rebeliões em Manaus (AM) duraram quase 17 horas e terminaram com 60 mortos, após brigas de facções rivais.
R7
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