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Polícia diz que mãe permitia estupro de filha para fazer a criança sofrer

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publicado em 26/12/2016 às 11h38
O inspetor Rodrigo Bechara e a delegada Juliana Amorim, da DCAV, na coletiva sobre a prisão de mãe que deixava a filha ser estuprada (Foto: Henrique Coelho/G1)

legada titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Juliana Amorim, afirmou nesta segunda-feira (26) que já foram identificados dois suspeitos de estuprar e submeter a maus tratos uma criança de 7 anos. A mae da vítima, que permitia os abusos, foi presa em Nilópolis, na Baixada Fluminense, quando tentava fugir para uma comunidade na capital.

“O caso começa no nascimento dessa criança. Ela foi abandonada, criada por várias pessoas e viveu um ciclo de violência, que foi interrompido pela polícia. Ela foi abandonada pela mãe. Quando voltou aos braços da mãe, esta fazia tudo para infligir sofrimento a ela. A mãe dizia: ‘Tenho nojo dessa criança'”, relatou à delegada.

Segundo o investigador Rodrigo Bechara, a mãe dizia para outra filha que a menina “tinha que sofrer”. A maioria dos crimes, segundo o testemunho da irmã da vitima, acontecia na frente das próprias filhas da acusada. “Foi concedido o pedido de prisão temporária de 30 dias para ela”, afirmou Juliana Emerique. A vítima está internada em uma UTI pediátrica.

Segundo as investigações, a suspeita, de 44 anos, permitia que homens que frequentavam sua casa praticassem sexo e outros atos libidinosos com a criança. Dentre os suspeitos, estão um avô de consideração e o próprio pai da menina. Segundo uma testemunha, a menina tinha objetos inseridos no corpo – o que coincidiu com a análise médica.

“Foi detectado que essa criança sofria violência sexual, para satisfazer a libido da mãe e das outras pessoas a quem a mãe liberava”,

Entenda o caso
Em 5 de dezembro, a mulher foi presa em flagrante pelo crime de maus tratos contra a filha. Segundo a Polícia Civil, a suspeita teria levado a criança a uma unidade de atendimento médico, onde alegou que a mesma havia se ferido em uma queda.

Os profissionais de saúde observaram que as lesões não eram compatíveis com as alegações da mãe e acionaram a polícia. O delegado de plantão autuou a mãe em flagrante pelos maus tratos e, por terem sido observadas lesões sugestivas de abuso sexual na criança, encaminhou nova investigação, desta vez por estupro, para a DCAV.

Em audiência no dia seguinte, a mãe da criança conseguiu o direito de responder pelo crime em liberdade. Após reunir novas provas, a delegada Juliana Amorim pediu a prisão da suspeita, que foi decretada pela Justiça. A mãe, então, foi presa novamente na última sexta-feira (23).

Segundo a delegada, a mãe da menina nega todos os crimes e diz que considerava tudo “absolutamente normal”. A irmã da vitima, de 12 anos, cujo testemunho é considerado fundamental, deve ficar com uma tia.

Essa menina de 12 anos era obrigada, ainda de acordo com a delegada, a bater na irmã. “O atual companheiro da suspeita chegou a dizer que considerava terminar com o relacionamento porque ela era muito agressiva com as crianças”, afirmou.

Histórico de crimes
A criança segue internada, sem previsão de alta médica. Segundo a polícia, a mãe já respondeu anteriormente por lesão corporal e maus tratos praticados contra outra de suas filhas, hoje maior de idade. Em 2011, foi condenada por tráfico de drogas.

A Polícia pede a quem tiver qualquer informação que possa colaborar com a investigação para entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) da Polícia Civil pelos telefones ‪(21) 2334-8823‬ e ‪2334-8835 ou pelo site.

G1

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