João Pessoa, 19 de dezembro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva virar réu, nesta segunda (19), em mais uma ação no âmbito da Lava Jato, o Instituto Lula publicou um comunicado no qual diz que a operação virou uma perseguição ao petista com o objetivo de evitar sua candidatura à Presidência em 2018. O ex-presidente é réu em cinco processos.
“O ex-presidente Lula nunca solicitou vantagens indevidas e sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois da presidência da República. A Lava Jato, que começou investigando desvios na Petrobras, se tornou uma perseguição ao ex-presidente Lula, aceitando ações capengas e sem provas sobre um apartamento que o ex-presidente aluga e um terreno que jamais foi pedido ou usado pelo Instituto Lula para justificar uma perseguição política que tem como objetivo impedir que Lula seja candidato em 2018”, diz o texto, publicado na página de Lula no Facebook.
Ainda de acordo com a nota, o Instituto Lula diz “que nunca teve outra sede a não ser o sobrado onde funciona até hoje, adquirido em 1990 pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Trabalhador (IPET)”, sempre recebendo “doações legais, declaradas e dentro da lei.”
Nesta segunda, o juiz federal Sérgio Moro aceitou denúncia do MPF (Ministério Público Federal) na qual Lula é acusado dos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro por contratos firmados entre a Petrobras e a construtora Norberto Odebrecht S/A. Segundo o MPF, o ex-presidente foi “responsável por comandar uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na administração federal”.
No mesmo texto, Zanin afirma que o advogado Roberto Teixeira, seu sócio e amigo de Lula, “agiu sempre dentro do estrito dever profissional e com a observância de todos os deveres éticos inerentes à profissão.”
Segundo Martins, a decisão de Moro mostra que “agentes do Estado, sem qualquer isenção, usam processos judiciais para perseguir Lula, seus familiares e advogados”, com “ânsia desmesurada e crescente de prover acusações a Lula em tempo recorde.”
Marisa e Teixeira também viraram réus, por lavagem de dinheiro, na mesma ação aberta por Moro após a aceitação da denúncia do MPF. Os outros réus no processo são o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, o ex-ministro Antonio Palocci e seu ex-assessor Branislav Kontic, denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e Paulo Melo, Demerval Gusmão e Glaucos da Costamarques, acusados de lavagem de dinheiro.
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