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Enterrado corpo de homem que foi encontrado morto dentro de poste

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publicado em 22/11/2016 às 10h55

O corpo do carpinteiro Dagoberto Rodrigues Filho, de 68 anos, que foi encontrado dentro de um poste, foi enterrado por volta das 9h30 desta terça-feira (22) no Cemitério Vale da Paz, em Goiânia. Devido ao avançando estado de decomposição, não foi possível fazer um velório antes do sepultamento.

Emocionados, familiares de despediram do idoso. Dagoberto deixa a mulher, três filhos e quatro netos. “É um sentimento triste. Moramos no Jardim Europa muito tempo, mais de 20 anos ali em frente ao local em que ele morreu. Muito ruim isso”, disse ao G1 Wilson Rodrigues, filho da vítima.

O carpinteiro foi achado morto no último domingo (20), no canteiro central da Avenida Viena, no Setor Jardim Europa, em Goiânia. O poste em que ele estava é usado em redes de alta tensão e tem uma abertura na parte de baixo. Como estava em avançado estado de decomposição, o corpo foi identificado por meio de análise de digital.

Filha da vítima, a auxiliar de contabilidade Adriane Rodrigues, de 36 anos, conta que o pai morava com ela, a mulher e o neto no Setor Aeroporto Sul, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana. Segundo ela, como o pai tinha um transtorno mental, ele costumava passar vários dias fora de casa.

De acordo com a filha, Dagoberto sempre trabalhou como carpinteiro, mas há cerca de 17 anos se afastou por causa da doença. “Ele fazia acompanhamento psicológico, mas não consegui internação para ele. Às vezes, ele saía e ficava até cinco dias sumido, mas sempre voltava ou dava um jeito de ligar para a gente buscar”, disse ao G1.

No último dia 7 de novembro, Dagoberto voltou a sumir, mas, diferente das outras vezes, não entrou em contato. A família começou a procurar e ir a clínicas e hospitais, mas não conseguiu nenhuma informação sobre ele.

Adriane resolveu pedir ajuda nas redes sociais. A família havia morado por 26 anos no Jardim Europa, bairro onde o corpo foi encontrado. Uma antiga vizinha viu as fotos na web e ligou para a auxiliar informando do corpo achado dentro do poste.

Naquele momento, a filha se lembrou de algo que o pai uma vez lhe disse. “Das vezes em que ele saía, eu perguntava onde ele dormia, que não precisava daquilo. E uma vez ele confessou que já tinha dormindo dentro daquele mesmo poste. Na hora, me deu aquele estalo”, revela.

Adriane então esteve no local e acompanhou parte do trabalho feito pelos bombeiros, que tiveram de serrar o poste. Na segunda-feira de manhã, ela esteve no IML com toda documentação do pai, mas, ainda assim, não foi possível a identificação. A Polícia Civil só confirmou a identidade durante a tarde, após análise de digitais.

G1

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