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Taxista devolve sapato perdido de debutante a tempo para festa no RS

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publicado em 13/11/2016 às 11h16
Prestes a debutar, menina reencontra sapatos perdidos para a festa (Foto: Arquivo Pessoal)

Para muitas meninas que completam 15 anos, a festa de debutante é um momento que, naturalmente, mistura ansiedade e expectativa. Entretanto, para a jovem Tamires Roldão, de Porto Alegre, um contratempo acrescentou uma dose de desespero e aventura à uma história quase semelhante ao da personagem Cinderela.

No conto de fadas, uma jovem perde o sapato, que lhe é entregue mais tarde por um príncipe encantado. Em uma adaptação urbana e contemporânea da vida real o papel de herói foi dividido por um taxista e um agente de trânsito.

Foi um mês de muita procura até que Tamires encontrasse o par de sapatos que gostaria de usar na festa que celebra seus 15 anos de vida. Ela combinou de se encontrar com a mãe, Ana Elisa Roldão, em um ateliê na Rua Casemiro de Abreu, no bairro Rio Branco, na última segunda-feira (7), mas Ana acabou esquecendo os sapatos no táxi.

“Eu estava com os sapatos da Tamires. A gente se encontraria num ateliê, onde ela faria a barra do vestido. Mas como eu estava na Marechal Floriano, no Centro, eu fui até o ponto pra pegar um táxi”, conta a mãe, que só percebeu o que tinha acontecido quando encontrou com a filha.

“Aí eu me desesperei, deu vontade de chorar, comecei a correr em direção, onde o táxi tinha ido. Só que eu acho que ele entrou na próxima rua à direita e eu não vi mais nada”, relembra.

No entanto, ela tinha uma pista: “não lembrava de prefixo, não lembrava o nome dele… Mas aí eu lembrei que na ida, quando ele me deixou, ele comentou que tinha uma vistoria da (Empresa Pública de Transporte e Circulação) EPTC no dia seguinte”. Na terça-feira (8), a mãe resolveu ir até o orgão de trânsito municipal em busca de ajuda.

Como Ana Elisa não sabia o prefixo do táxi, a busca pelo taxista foi realizada com base no horário da corrida e pontos de deslocamentos. Isso proque desde 2014, EPTC começou a implantar GPS na frota de táxis de Porto Alegre, como relatou Daniel Shell, um dos agentes responsáveis pelo serviço.

“Efetuamos uma busca difícil via coordenadas, para saber quais táxis haviam estado na rua Casemiro de Abreu no horário informado pela usuária. Nessa busca, encontramos 18 táxis. Pegamos eles e vimos a rota que cada um fez. E tivemos a felicidade de ter apenas um táxi que tivesse saído do Centro de Porto Alegre. A partir daí foi fácil, e encontramos o taxista em nosso sistema… E por sorte, ele viria para a EPTC efetuar a vistoria de rotina”, explicou Shell.

Taxista há mais de dez anos, Nairton Borba conta que fez a sua parte, e disse ter ficado feliz por ter podido ajudar. “Geralmente a gente dá uma olhadinha pra trás, vê se não fica nada. E tava a sacola lá. Só que ela já tinha descido, e eu não a encontrei mais. Guardei a sacola no porta-malas, e fiquei esperando alguém entrar em contato… Fiquei muito feliz de poder devolver o sapato da aniversariante… Como sou taxista, gosto de ser útil à sociedade com a qual trabalho”.

A devolução para a ‘festa dos sonhos’
Os sapatos foram entregues na quarta-feira (9), na sede da EPTC. Tamires tinha prova na escola no horário combinado, mas pediu que a mãe agradecesse ao taxista e aos agentes que se mobilizaram.

“Tenho que agradecer a todos que ajudaram a encontrar os meus sapatos… Eu fiquei mais de mês buscando esses sapatos, pois tudo é importante… Essa festa é meu sonho desde pequena”, conta Tamires, cheia de expectativas para celebração que acontece na próxima sexta-feira (18).

G1

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