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É assustadora a crise no transporte coletivo

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publicado em 07/11/2016 às 11h29

Já dissemos, em espaços daqui do MaisPB, que realmente a crise econômica atingiu severamente o Brasil, o que, obviamente, já é do conhecimento geral e sentida por cada um dos brasileiros.

Entretanto, quando nos debruçamos com os números recentemente informados pela NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) a respeito de tal crise especificamente no âmbito deste setor, aí, sim, constatamos que nele suas repercussões são bem maiores…e piores!

Incompreensivelmente o setor de transporte coletivo é visto como um “filé da economia”. Aos simples observadores do vai-e-vem dos ônibus, especialmente quando os olham nos horários do pico (e sem nunca os verem, por exemplo, pelas madrugadas quase sempre com meia dúzia de passageiros ocupando seus cerca de 50 lugares sentados), para estes observadores ‘nesse setor entra muito dinheiro” como que só entrasse e não saísse (custos com combustíveis e de pessoal, principalmente, pra citar apenas estes dois itens).

Na pesquisa feita pela NTU está registrado que a queda de passageiros no transporte coletivo urbano, no Brasil, em 2015, comparado com o ano 2014, foi de 9%, apesar de ter ocorrido o aumento na oferta do serviço, consequentemente acréscimos nos custos operacionais. E assim registra o documento da NTU: “Entre os principais motivos para essa baixa, que assombra de forma crescente o setor, estão a crise econômica, os congestionamentos, a falta de priorização do transporte público na agenda do país e a redução de investimentos que priorizem essa área”.

Puxemos para a cidade de João Pessoa a ilustração desse problema: – em inícios deste século (entre 2002/2003)informávamos que os 357 ônibus desta Capital transportavam por mês cerca de 10 milhões de passageiros; agora, ano 2016, os 472 ônibus (com 115 a mais) só conseguem transportar 7 milhões de passageiros (ou 5,4 milhões de passageiros equivalentes, tendo em vista que, neste caso, face os 50% de desconto, são computados 2 estudantes para poderem equivaler a 1 passageiro de tarifa inteira).

Fato é que principalmente os congestionamentos têm dificultado o vai-e-vem dos ônibus, pelo que, se antes um destes veículos realizam normalmente 10 viagens por jornada, nestes tempos de hoje a média (satisfatória) é de apenas 7. Afora esse aspecto, a NTU ainda evidencia:  -“O aumento de preços do óleo diesel tem atingido em cheio as empresas operadores do sistema de transporte público; o preço do óleo diesel subiu 10,7% só em 2015”.

É mesmo assustadora essa crise econômica, principalmente no âmbito das operadoras do transporte coletivo!

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