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Sistuação inusitada: prefeito acusa oposição de boicotar salários

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publicado em 01/11/2016 às 15h19
atualizado em 01/11/2016 às 15h02

Servidores públicos e fornecedores do município de Catolé do Rocha, no Sertão paraibano, correm o risco de não receberem seus pagamentos em virtude de divergências políticas entre vereadores e o prefeito, Leomar Maia (PTB). Algumas lideranças já temem um possível ‘quebra quebra’ e uma confusão generalizada na cidade. (Veja vídeo)

No dia 17 de outubro o gestor enviou ao Poder Legislativo projeto de lei, em caráter de urgência urgentíssima, para suplementação de crédito que irá garantir o pagamento da folha de pessoal, além dos fornecedores. O projeto, porém, não entrou em pauta na sessão do dia 21 de outubro, o levou o prefeito a solicitar uma sessão extraordinária em virtude da urgência do caso. A sessão extraordinária, que deveria ocorrer no dia 29, também não foi realizada.

A necessidade de suplementação ocorre após os vereadores retirarem quase R$ 3 milhões do orçamento da Prefeitura durante votação da Lei Orçamentária deste ano.

Com apenas dois vereadores em sua bancada na Casa, o prefeito tem sofrido para aprovar o projeto. A previsão era que a suplementação fosse aprovada na sessão da segunda-feira (31), a única realizada na semana, porem um pedido de vistas adiou a votação.

Antes do pedido, apresentado pelo vereador Alfredo Veras Maia, os parlamentares apresentaram emenda que contempla suplementação em apenas algumas áreas solicitadas pelo prefeito. A partir da modificação, o prefeito ficará impedido de pagar, por exemplo, despesas com transporte escolar, merenda, Samu e médicos especialistas, o que pode paralisar completamente os serviços públicos.

“As finanças da prefeitura estão organizadas. O prefeito tem saldo para pagar, mas não pode se a suplementação não for feita”, explicou a vereadora Paulliana Maia. Com o pedido de vistas, o vereador Alfredo Maia pode adiar por até três sessões a votação da matéria.

Antes de analisar o projeto, o vereador chegou a ocupar a tribuna da Casa e afirmar que não aprovaria o projeto se o o prefeito não se redimisse de algumas palavras ditas durante o processo eleitoral. Ele ainda convocou os demais vereadores a votarem contra, o que indignou os servidores que acompanhavam a apreciação do projeto.

Um bate boca entre vereadores e servidores foi iniciado, o que levou o presidente da Câmara, Themistoclys Barreto, a encerrar a sessão antes mesmo da votação de projetos que constavam na pauta. O entrave para votação da suplementação é comandado, principalmente, por vereadores que não conseguiram garantir reeleição.

Através de ofício, a bancada do prefeito renovou, nesta terça-feira (01), ao presidente da Câmara, a solicitação para uma sessão extraordinária, porém, Themistoclys Barreto encaminhou resposta afirmando que não iria realizar a sessão. “Entendo que a matéria é urgente e não seria possível o vereador ficar três semanas com o projeto”, afirmou a vereadora Paulliana Maia.

Veja a confusão:

Vereador discute com a população:

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