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22 casos

Trauma de João Pessoa alerta para riscos de afogamento

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publicado em 03/10/2016 às 16h43
atualizado em 03/10/2016 às 15h13
Hospital de Trauma, em João Pessoa

Dados levantados pelo setor de Estatística do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena mostram que, de janeiro a julho deste ano, 22 vítimas deram entrada na instituição de saúde em decorrência de afogamento ou quase afogamento, sendo cinco do sexo feminino e 17 do masculino. Com relação à procedência dos pacientes, o Bairro do Bessa aparece com quatro atendimentos, seguido do município de Cabedelo, Cabo Branco, Intermares, Jacarapé e Jacumã.

Embora o quantitativo revele que as ocorrências correspondem à faixa etária de um a 75 anos de idade, os médicos do Hospital de Trauma alertam para os cuidados com as crianças, já que, só no mês de agosto, três foram vítimas de afogamento em piscinas e praia, em João Pessoa, todas menores de 7 anos de idade e do sexo masculino. Duas foram a óbito e a outra encontra-se interna na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica em estado grave. O que chamou a atenção da equipe médica e de enfermagem da unidade de saúde é que os casos aconteceram em menos de 15 dias.

O coordenador médico do Serviço de Pediatria do complexo hospitalar, Fabiano Alexandria, falou sobre os casos. “Essas ocorrências geram preocupação e, com a proximidade do período quente, os cuidados devem ser redobrados, pois é quando cresce o número de crianças frequentadoras de piscinas e praias”, frisou.

Fabiano apontou algumas orientações para evitar que aconteçam tragédias: incentivar a criança a fazer o esporte da natação; sempre deixá-las sob vigilância; colocar limitadores de circulação ou proteção de tela nas residências que têm piscina. Orientou ainda que é importante que pais ou responsáveis tenham noção de suporte básico de vida, pois a primeira conduta é fundamental para a resposta positiva da vítima

O que acontece com o corpo durante o afogamento – O processo começa com a aspiração de grande quantidade de água pelas vias aéreas, que segue pelos pulmões, encharcando-os, levando à asfixia e à morte.

O que fazer – Ocorrido o afogamento ou quase afogamento na praia, o primeiro passo é chamar um salva-vidas ou bombeiro. Caso aconteça em piscinas, ligar para o Samu (192) ou para o resgate (193).

Números – O afogamento é a quarta causa de morte acidental entre adultos. Com relação a crianças, aparece como uma das três principais. De acordo com estatísticas, 500 mil afogamentos acontecem no mundo.

Secom-PB

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