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ELEIÇÕES 2016

Rio tem 42,54% de votos nulos, brancos e não comparecimento as urnas

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publicado em 03/10/2016 às 13h47
atualizado em 03/10/2016 às 10h48

A maior taxa de abstenção entre as capitais em 2016 e o maior índice de votos brancos e nulos desde a implementação das urnas eletrônicas, em 1996, foram registrados no município do Rio de Janeiro durante a votação do primeiro turno, no último domingo (2). Somados, 42,54% dos eleitores da cidade não confiou a nenhum candidato o seu voto para a cidade.

No total, 1.189.187, 24,28% do total da cidade, não foi votar. A soma dos faltosos é muito superior aos 842.201 que votaram no candidato Marcelo Crivella, primeiro colocado da fase inicial da corrida municipal, que teve 27,78% dos 3.031.423 votos válidos.

Entre os que compareceram, a taxa de votos nulos e brancos também foi alta. Foram 204.110, (5,50%), votos em branco e 473.324, (12,76%), nulos. Somados, o total supera os 553.424 votos de Marcelo Freixo, que teve 18,26% do total.

“Isso, de fato, deve estar refletindo uma insatisfação muito grande do sistema político. Quando eu falo em sistema político estou falando em partidos politicos, os próprios políticos e também as casas legislativas, o poder executivo. Quer dizer, há uma instisfação muito grande hoje da maneira como o sistema político está funcionando e certamente os problemas que ele vem enfrentando: escândalos, ineficiência, problemas que certamente hoje a população brasileira conhece bem”, afirmou o cientista político Ricardo Ismael.

O cientista político Jairo Nicolau mantém um registro do histórico de abstenções desde que as urnas eletrônicas começaram a ser usadas. Em 1996, as abstenções foram de 16,4% dos votos. Em 2000, 19,1%. Em 2004, essa taxa caiu, em 2008, voltou a subir, em 2012 passou dos 20%, chegando a 24,28% em 2016.

“Você teve um milhão e 866 mil eleitores cariocas aptos a votar que ou se ausentaram ou votaram branco e nulo. Se esse elitorado tivesse comparecido, poderia ter mudado o resultado do segundo turno. O problema é que na verdade na hora em que você se ausenta, vota branco e nulo, você não ajuda esse processo de renovação de liderança e de novos valores”, afirma.

G1

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