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Oito anos após tietar Phelps, jovem vence o rival e é ouro no Rio

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publicado em 13/08/2016 às 15h55
atualizado em 13/08/2016 às 13h02

Antes dos Jogos, Phelps e o time americano fizeram aclimatação em Cingapura em um clube local. E lá Schooling teve a chance de encontrar o seu ídolo e tirar uma foto que veio a público na noite de sexta-feira durante transmissão da rede americana NBC.

“Lembro que foi em um camp dele em Cingapura antes de ir para Pequim. Eu treinava neste clube, eu lembro que estava estudando na época. Quando ele (Phelps) chegou, todo mundo lá saiu correndo. Foi de manhã, isso eu me lembro bem. Quando eu o vi fiquei chocado, eu não pude sorrir, só abri minha boca. Foi muito louco o que aconteceu”, disse Schooling sentado ao lado de Phelps na entrevista coletiva de imprensa, minutos após ganhar o ouro.

“Eu cresci idolatrando Michael, ele é o cara perfeito que você quer ser. Ter uma medalha de ouro é incrível, imagina então ter 22 ou 23”, disse Schooling, que no ano passado já havia ficado com a medalha de ouro no Mundial em Kazan, em prova que não teve a presença de Phelps.

Adam Pretty/Getty Images
Joseph Schooling desbancou o ídolo Phelps e ainda quebrou o recorde olímpicoimagem: Adam Pretty/Getty Images

O cingapuriano vive nos Estados Unidos desde 2009 por decisão própria, para poder treinar em paz e sair dos holofotes da mídia que já começava a perceber seu talento. O trabalho inicial foi tão bem feito que dois anos depois, ele já conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos do Sudeste Asiático. Seriam as primeiras de muitas que viriam ainda em 2013 e 2015.

A moral que Schooling adquiriu em Cingapura com suas conquistas iniciais até o livraram do serviço militar, obrigatório no país. Em um acordo feito em 2013, recebeu permissão para servir ao Exército apenas depois de agosto deste ano. Decisão que mostrou-se 100% certa na noite de sexta.

“Quero abrir as portas para novos atletas, mostrar que mesmo em um país tão pequeno como Cingapura é possível haver pessoas capazes de fazerem coisas incríveis”, disse Schooling.

Na sua primeira entrevista após o ouro, Schooling ainda parecia perplexo com o que havia feito e não conseguiu encontrar palavras para descrever o momento.

“Ainda preciso de alguns dias para realmente assimilar o que aconteceu. Foi uma honra ter nadado ao lado de Michael de caras como Chad (Le Clos) e de Laszlo (Cseh). Para ser sincero não consigo nem descrever o que se passou na minha cabeça durante a prova”, afirmou.

Uol

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