“Então o risco à instrução e à investigação que motivou a preventiva não só é atual, como foi reforçado. O mesmo pode ser dito em relação ao risco à ordem pública, já que a tentativa de obstrução à Justiça também representa reiteração delitiva, embora por crime de diferente espécie”, argumentar Moro. Em novembro, Bumlai tinha sido preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado.
Moro citou no despacho outras suspeitas que recaem sobre o pecuarista, como suposto pagamento de propina por intermediações de negócios junto à SeteBrasil e à Petrobras me pagamentos a empresas de intermediadores de propinas em contratos da estatal.
O juiz ainda elencou o recebimento de empréstimos milionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco BVA e o envolvimento em reformas e benfeitorias no Sítio de Atibaia em circunstâncias igualmente suspeitas.
Prisão domiciliar
Na decisão em que permitiu que o pecuarista cumprisse a prisão domicilar, o juiz havia dito que o benefício seria válido por três meses e que, após este período, a Justiça deveria reavaliar se o réu seguia ou não em regime domiciliar.
Durante o tratamento do tumor, Bumali fez uma cirurgia cardíaca. Por essa razão, a defesa pediu a prorrogação da prisão domiciliar, que foi aceita por Moro, valendo até o dia 19 de agosto.
De acordo com o juiz, na prisão, Bumlai poderá realizar exames e tratamentos necessários tanto no Complexo Médico-Legal, que fica na Região Metropolitana de Curitiba, quanto em hospitais mediante escolta policial.
O que diz a defesa
A defesa de Bumlai disse que vai recorrer porque considera a decisão sem sentido, há que o pecuarista está colaborando e comparencendo às audiências na Justiça. A defesa afirmou que no período que Bumlai ficou em casa, ele nunca ofereceu riscos à investigação.
G1