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ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA

Preso grupo que clonava cartões para comprar ingressos da Rio 2016

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publicado em 08/08/2016 às 12h13

A polícia do Rio prendeu 10 pessoas por associação criminosa para revenda de ingressos para a Olimpíada, comprados com cartões de crédito clonados. Pelo menos 20 ingressos foram apreendidos com a quadrilha, que atuava em São Paulo.

O delegado titular da 20ª DP (Vila Isabel), Hilton Alonso, explicou que as prisões ocorreram poucas horas antes da abertura da Olimpíada, às 19h da última sexta feira (5). Alguns dos presos, que atuavam atraindo potenciais clientes para os ingressos, assumiram que voltariam no dia seguinte para São Paulo.

Nove pessoas foram presas na Rua Visconde de Itamarati, próximo à Rua São Francisco Xavier, e a última prisão foi realizada na rodoviária Novo Rio, onde o grupo mantinha 20 ingressos, cartões de crédito, vouchers para retiradas de ingressos já comprados e máquinas de cartão, além de R$ 2 mil. Oito dos ingressos da abertura tinham preço estampado de R$ 4,6 mil.

“No dia [sexta-feira, 5], colocamos a equipe em campo e conseguimos identificar e prender todos. Um deles fugiu, mas conseguimos prendê-lo na Rodoviária Novo Rio, onde eles tinham vários boxes para guardar seus pertences”, disse Alonso, acrescentando que todos foram presos por formação de quadrilha e estelionato.

Segundo a policia, cada membro do grupo esperava ter um lucro de R$ 40 mil a R$ 50 mil, já que o valor dos ingressos era negociado caso a caso: uma entrada para o setor A, por exemplo, era oferecida por R$ 3 mil.

“Eles esperavam um lucro líquido exorbitante, já que eles usavam cartões fraudados e tinham custo zero”, afirmou o delegado assistente, Gilberto Ribeiro, que ressaltou a agilidade na decretação das prisões dos suspeitos pela Justiça:

“Diferentemente de outras prisões de cambistas na Olimpíada, a Justiça entendeu que os elementos eram suficientes para decretar a prisão preventiva deles, que está ligada ao potencial lesivo. Muitas vítimas vão perceber na fatura de seus cartões que foram vítimas dessas quadrilhas”, disse Ribeiro.

“Os ingressos que identificarmos nos vamos enviar ao COI. Mas provavelmente, quem comprou esses ingressos pode ir aos jogos”, acrescentou o delegado Hilton Alonso, que chegou a se passar por cliente para verificar como funcionava o esquema.

O líder da quadrilha, Carlos Roberto dos Santos, confessou à polícia que os ingressos eram comprados com cartões de crédito clonados e que, por isso, os suspeitos conseguiam revendê-los por preço inferior ao oficial.

Além de Carlos Roberto, também foram presos Gilberto João dos Santos; João Maurício Santana de Souza; Kleber Valença Pereira; Vando Valença Pereira; Henrique Domingues Magalhães; Ronilson Santos da Paz; Denílson Bernardes de Mendonça; Paulo Gabriel dos Santos Oliveira e Gerson Ferreira de Oliveira.

G1

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