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negou acusação

Acusado de abuso sexual, técnico é afastado da seleção de ginástica artística

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publicado em 15/07/2016 às 16h07
atualizado em 15/07/2016 às 13h09

Técnico da seleção brasileira masculina de ginástica artística, Fernando de Carvalho Lopes foi afastado do cargo após ser acusado de abuso sexual. O caso teria acontecido com um ginasta menor de idade, que treinava com o acusado.

O Ministério Público de São Paulo investiga a acusação, que tramita em segredo de Justiça em promotoria de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O ginasta, além de um outro atleta da seleção brasileira, já teria prestado depoimento. Em contato com o jornal, Fernando negou a acusação e disse estar em consciência tranquila.

– Por enquanto não tenho nada, não sei de nenhuma denúncia feita. Nenhum advogado meu localizou nada sobre isso – afirmou.

O técnico já foi afastado da seleção, assim como do ADC São Bernardo, clube no qual trabalhava. Em entrevista ao GloboEsporte.com, Leonardo Finco, coordenador da seleção masculina, afirmou que o afastamento foi para proteger o treinador e a equipe, às vésperas da Olimpíada do Rio. Fernando, no entanto, continua vinculado à Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).

– (O afastamento) é para que tudo possa ser esclarecido em relação às acusações e para proteger o trabalho da equipe. O afastamento dele é para que o ambiente possa ficar tranquilo e para que o Fernando possa ver essas suas questões pessoais. Não tenho informações sobre o caso. Então, é para a proteção de todos – afirmou.

Fernando também comandava os treinos de Diego Hypolito, titular da seleção, e de Caio Souza, reserva da equipe. Durante a viagem do técnico com o grupo para a Suíça, Hypolito passou a treinar com Marcos Goto, treinador do campeão olímpico Arthur Zanetti. Por conta do caso, o ginasta seguirá a preparação para a Olimpíada com Goto, enquanto Caio treinará com a seleção.

– Quando fomos fazer um treinamento na Suíça, o Diego não participou. Como o Goto foi o único a ficar no Brasil, Diego já vinha treinando com ele. Então, vai dar continuidade ao trabalho – explicou.

Diego Hypolito falou brevemente sobre o caso em nota enviada por sua assessoria de imprensa. O ginasta comentou apenas que espera pelo desenrolar das investigações.

– Meu desejo neste momento é que os fatos sejam apurados e esclarecidos pelas autoridades competentes.Trabalhei nos anos de 2014 e 2015 em São Bernardo com ele e meu contato ao longo desses dois anos foi estritamente profissional. Sigo minha preparação para a Olimpíada –

De acordo com Finco, a CBG ainda aguarda maiores informações para tomar uma posição definitiva sobre o caso. Na tarde desta sexta-feira, a entidade confirmou o afastamento em nota oficial (confira no fim da matéria).

– A Confederação ainda aguarda, assim como eu, maiores informações. Vamos aguardar para que possamos tomar atitudes permanentes.

Hypolito, Zanetti, Arthur Nory, Sérgio Sasaki e Francisco Barretto Júnior formam a equipe olímpica titular da seleção. Caio Souza e Lucas Bittencourt são os ginastas reservas.

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