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Acusado de agressão

Empresário alega ter provas do “descontrole” de Luíza Brunet

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publicado em 14/07/2016 às 16h14

A defesa do empresário Lírio Parisotto, acusado de agredir a ex-mulher Luiza Brunet afirmou nesta quinta-feira (14) que vai apresentar documentos ao Ministério Público (MP) em que a atriz assume precisar de auxílio médico por conta de “descontrole emocional”.

A modelo afirma que foi agredida pelo empresário mais de uma vez. A última das agressões teria ocorrido em 21 de maio, nos Estados Unidos. Luiza alegou que o então marido deu um soco em seu olho, a chutou e ainda quebrou quatro de suas costelas.

Parisotto prestou nesta quinta o primeiro depoimento sobre o caso no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. “Ele disse hoje que o erro dele foi ter voltado. Ter efetivamente reatado esse namoro. A verdade é que existem diversos episódios de agressão, inclusive com documentos que nós vamos trazer ao Ministério Público em que ela própria diz que precisa se controlar e precisa de auxílio médico”, afirmou o advogado do empresário, Celso Vilardi.

Nesta quinta (14), a defesa do empresário alegou que foi Luiza quem agrediu o empresário durante a viagem aos Estados Unidos. “O que aconteceu em Nova York é o que aconteceu várias vezes, segundo ele, mais de dez vezes no relacionamento. Por algum motivo banal ela perde a calma, se descontrola e o agride”, disse Vilard.

Segundo o defensor, o empresário tem provas documentais de que foi agredido por Luiza desde 2013. “Vamos comprovar tudo isto. Tudo será juntado em três dias conforme eu acabei de combinar. É só imprimir. Tem Whatsapp, tem e-mail, tem várias coisas”, disse o advogado.

Ministério Público
Anteriormente, Luiza Brunet contou em depoimento ao Ministério Público (MP) de São Paulo ter sido agredida mais de uma vez pelo empresário durante os quase cinco anos de relacionamento que tiveram. A informação foi divulgada no dia 5 de julho ao G1 pelo promotor Carlos Bruno Gaya da Costa.

“Ela relatou mais de uma agressão”, disse Costa, sobre o depoimento que a atriz e empresária de 54 anos deu na última quarta-feira (29) no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista.

“Como o caso está sob sigilo não posso dar detalhes de quantas são as agressões relatadas”, afirmou o promotor, que é do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) do MP.

Nas redes sociais, Luiza Brunet publicou, nesta quinta, a foto da escritora Clarice Lispector com uma frase atribuída à artista sobre julgamentos. “Como não amar, como não vestir a carapuça, quando ela diz o eu gostaria de dizer e ouvir”. Na legenda da foto, ela também postou: “Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levanta-se assim como eu fiz”.

Investigação
O empresário de 62 anos é investigado pela Promotoria como suspeito de ter cometido crime de lesão corporal contra a atriz, durante violência doméstica, com base na Lei Maria da Penha.  “Após a investigação, o Ministério Público irá decidir se vai oferecer denúncia ou arquiva o caso”, disse Costa sobre levar ou não à Justiça as acusações de Luiza contra Parisotto.

Por conta da queixa de violência doméstica que a atriz prestou ao MP contra o ex-marido, a Justiça decretou medidas de proteção para Luiza. O empresário está proibido de se aproximar e manter contato com ela.

Mesmo sem ter dado detalhes de quantas agressões a atriz disse ter sofrido durante o relacionamento com Parisotto, o promotor afirmou à equipe de reportagem que o episódio ocorrido no apartamento do empresário em Nova York fez Luiza procurar seus direitos pela primeira vez. “Ela nunca havia registrado queixa contra ele até então”, afirmou Costa.

Apesar disso, o promotor orienta a todas as vítimas de violência doméstica a prestar queixa  assim que forem agredidas. “Algumas mulheres esperam para denunciar seus agressores”, disse. “Elas devem procurar o quanto antes e não esperarem mais agressões”.

G1

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