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Saúde registra aumento de 108% e 34 mortes por dengue na Paraíba

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publicado em 13/07/2016 às 12h49
atualizado em 13/07/2016 às 09h50

No período de 1º de janeiro a 7 de julho deste ano (27ª semana epidemiológica de sintomas), foram notificados na Paraíba 35.044 casos prováveis de dengue, segundo o boletim divulgado nesta quarta-feira (13) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em 2015, no mesmo período, foram registrados 16.821 casos suspeitos da doença, evidenciando um aumento de 108,33%.

Foram notificados 34 óbitos suspeitos de dengue, sendo quatro confirmados, dez descartados e 20 seguem em investigação. Segundo a Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da SES, a investigação cursa com busca de informações domiciliares, ambulatoriais e hospitalares, conforme Protocolo do Ministério da Saúde.

No mesmo período foram notificados 12.957 casos suspeitos de chikungunya. Foram notificados, também, 13 óbitos suspeitos da doença nos municípios de Monteiro (1), Aroeiras (1), João Pessoa (6), São José do Umbuzeiro (1), Soledade (1), Araruna (1) e Santa Cecília (1). Registrou-se, também, 14 óbitos de casos suspeitos de chikungunya, sendo três confirmados e os demais em investigação.

O Boletim Epidemiológico Nº8 destaca que a faixa etária dos óbitos suspeitos para dengue e chikungunya varia de recém-nascido até 92 anos, o que mostra a susceptibilidade independente da idade. “Destacamos que a estratégia mais efetiva para evitar os óbitos causados pela dengue, zika e chikungunya é a detecção precoce dos casos suspeitos combinada com o manejo correto, de acordo com o agravo. Ao apresentar sintomas, o usuário deve procurar imediatamente a Equipe de Saúde da Família ou serviço de saúde mais próximo”, recomenda a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega.

Com relação ao zika vírus, de 1º de janeiro a 18 de junho de 2016, foram registrados 3.624 casos notificados como suspeitos (Sinan NET). Existem atualmente na Paraíba três Unidades Sentinelas do zika vírus implantadas (Bayeux, Campina Grande e Monteiro), conforme recomendação do Ministério da Saúde.

Situação Laboratorial – Em 2016, foram analisados pelo Laboratório Centtral de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB), 4.673 amostras sorológicas para dengue (650 reagentes, 3.931 não reagentes e 163 indeterminadas). Este ano já existem exames comprobatórios da circulação da doença em 92 municípios.

Os municípios devem coletar amostra de pelo menos 10% dos casos suspeitos por dengue, sendo o antígeno NS1 (em amostras de sangue) do 1º ao 3º dia de início dos sintomas e sorologia do 7º ao 28º dia de sintomas. Todas as amostras devem ser acondicionadas adequadamente para garantir a qualidade do material biológico.

“Para todos os casos com sinais de alarme, graves e óbitos suspeitos de dengue, a SES recomenda a coleta oportuna e envio imediato ao Lacen-PB. Para os municípios que ainda não isolaram o vírus continua a recomendação do envio oportuno do isolamento viral até o 5º dia de sintomas, enviado em 24 h para o Lacen-PB devidamente acondicionado”, reforçou Renata Nóbrega.

Quanto ao zika, em 2015 foi detectada a doença aguda por este vírus nos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Olivedos e Cajazeiras. Já em 2016, exames laboratoriais comprovaram a circulação da doença nos municípios de Caldas Brandão, João Pessoa, Guarabira, Conceição, Pilões, Itabaiana, Sapé e Campina Grande.

Sobre a chikungunya, em 2015, houve a confirmação laboratorial em Monteiro. Em 2016 já existem exames comprobatórios da circulação da doença em 87 municípios. Este ano foram analisadas no Lacen-PB 3.598 amostras sorológicas para chikungunya (1.916 reagentes, 1.580 não reagentes, 1 inconclusivo e 102 indeterminadas).

Guillain-Barré e outras manifestações neurológicas – Foram informados pelos serviços hospitalares, de julho de 2015 até o momento, 38 casos suspeitos, sendo 16 descartados, seis confirmados e 16 em investigação por suspeita de ter correlação com chikungunya e/ou zika vírus e/ou dengue.

A SES, por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, vem recomendando a todos os serviços de saúde a comunicação à Área Técnica Estadual da Vigilância Epidemiológica e a Coordenação Estadual dos Núcleos Hospitalares de Vigilância Epidemiológica, por meio de formulário com dados específicos, com o objetivo de acompanhar e investigar quais possíveis agentes etiológicos desencadearam as manifestações neurológicas com infecção viral prévia de até 60 dias antes.

Secom-PB

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