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Para 70% dos brasileiros, CPMF é um imposto “injusto”, aponta pesquisa de opinião

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publicado em 12/07/2016 às 14h20
atualizado em 12/07/2016 às 11h29

Sete em cada dez brasileiros consideram que a CMPF é um tributo injusto, pois afeta as pessoas independentemente do seu nível de renda. O resultado faz parte da pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira – Serviços Públicos, Tributação e Gastos do Governo”, divulgada nesta terça-feira (12) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) nasceu em 1997 com o objetivo de arrecadar dinheiro para financiar a saúde no Brasil. Sobreviveu até 2007, quando o Senado derrubou a medida, que cobrava uma alíquota 0,38% de toda e qualquer transação financeira no País.

O Planalto voltou a ventilar essa proposta em setembro passado, ainda sob a gestão Dilma Rousseff, mas com uma cobrança menor, de 0,2%. E nesta segunda-feira (11), o relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2017 no Congresso, senador Wellington Fagundes (PR-MT), voltou a falar na recriação do tributo, considerando-o como possível fonte de R$ 33,2 bilhões em recursos para o ano que vem.

Segundo a pesquisa da CNI divulgada hoje, 61% dos entrevistados afirmam que a CPMF afeta a todos e não só quem possui conta bancária. Já 59% concordam que a recriação da contribuição geraria aumento nos preços dos produtos.

Ao serem apresentados à proposta de retorno da CPMF para arrecadar mais recursos para a previdência e para a saúde, 73% dos brasileiros posicionam-se contra a recriação da contribuição.

Rechaço

A revolta popular contra o aumento de tributos não se restringe à CPMF. Pelo contrário. A pesquisa revela que, de modo geral, 80% dos brasileiros acreditam que o governo já arrecada muito e não precisa aumentar os impostos para melhorar os serviços públicos.

R7

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