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PMDB/PSD

Folha ignora conversa e cita Manoel como pré-candidato

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publicado em 11/07/2016 às 21h50
atualizado em 12/07/2016 às 03h31

Apesar da especulações em torno de uma aliança entre o PSD e o PMDB para as eleições municipais deste ano em João Pessoa, o jornal Folha de São Paulo divulgou, nesta segunda-feira (11), na sua versão online, matéria na qual cita o deputado federal Manoel Junior (PMDB) como pré-candidato a prefeito da Capital.

Na matéria intitulada: Com caciques em baixa, PMDB busca renovar em capitais, “Manoel Junior e outros peemedebistas são tratados como caras novas do pleito”.

Confira a matéria na integra abaixo:

Com caciques em baixa, PMDB busca renovar em capitais

Ele não tem Sarney, Lobão ou Murad no sobrenome. Entrou no PMDB do Maranhão com a função de limpar os banheiros da sede do diretório estadual. Hoje, está prestes a ser confirmado como candidato a prefeito da capital.

Fábio Câmara, vereador em São Luís e pré-candidato à prefeitura da capital maranhense, faz parte de uma nova leva de candidatos que o PMDB apresentará nestas eleições municipais.

Com seus principais caciques investigados na Operação lava jato desgastados por derrotas nas últimas eleições, o partido do presidente interino, Michel Temer, apostará numa renovação de quadros na disputa deste ano.

Com candidatos lançados em 18 capitais, os peemedebistas terão 13 nomes que nunca disputaram o cargo de prefeito.

Nove deles disputarão pela primeira vez uma eleição majoritária, incluindo candidaturas em grandes centros como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Belém.

Em São Luís, pela primeira vez em o PMDB terá um candidato a prefeito que cresceu politicamente fora da órbita da família Sarney, em baixa desde a derrota para o governador Flávio Dino (PCdoB) em 2014.

De origem pobre, o vereador Fábio Câmara lançou sua pré-candidatura em meio a um vácuo de novos líderes no PMDB. E deve ser confirmado na disputa, mesmo sem o apoio expresso dos principais caciques do partido.

“Sei que fujo do padrão de candidato do partido, não sou de família tradicional. Mas não estou preocupado se terei o apoio do senador [Edison] Lobão ou da ex-governadora Roseana [Sarney]. A minha força virá do povo de São Luís”, afirma.

Em Belém, terra do senador Jader Barbalho, o partido também vai apostar em uma novidade para as eleições deste ano.

A sigla deixou de lado a pré-candidatura de José Priante, primo de Barbalho, e indicou o nome de Carlos Maneschy, ex-reitor da Universidade Federal do Pará.

Será a estreia de Maneschy nas urnas.

“Buscamos um novo quadro, sintonizado com o desejo de mudança da população, mas que ao mesmo tempo foi testado e aprovado como gestor da maior universidade da Amazônia”, diz Helder Barbalho (PMDB), ministro da Integração Nacional.

BELO HORIZONTE

Também haverá novidade em Belo Horizonte, onde a legenda vai disputar a prefeitura da capital mineira com o advogado Rodrigo Pacheco, deputado federal em primeiro mandato.

Pacheco foi escolhido após disputa interna com o deputado federal Leonardo Quintão, que já havia disputado a prefeitura em 2008.

“Esta é uma eleição que estabelece novos parâmetros, com uma campanha mais curta e sem dinheiro de empresas. O momento é de renovar e mostrar uma nova forma de fazer política”, afirma o peemedebista, que promete fazer uma campanha “com poucos recursos e boas propostas”.

VELHOS NOMES

Na contramão das novas candidaturas, em Boa Vista, a prefeita Teresa Surita –ex-mulher e aliada do senador Romero Jucá (PMDB)– tentará eleger-se para o que seria o seu quinto mandato à frente da prefeitura da capital de Roraima.

Já em Goiânia, Iris Rezende anunciou que não vai disputar a prefeitura pela quarta vez.

RECÉM-FILIADOS

Em Estados como São Paulo e Alagoas, o caminho para o PMDB lançar um nome na disputa pela prefeitura foi a conciliação com antigos adversários convertidos em “cristãos novos” no PMDB.

Na capital paulista, a sigla de Michel Temer aposta na candidatura da senadora –e ex-petista– Marta Suplicy.

Em Maceió, reduto do presidente do Senado, Renan Calheiros, o PMDB lançou o ex-prefeito Cícero Almeida, também recém-peemedebista.

Apesar de não serem adversários, ambos estiveram em lados opostos em 2004 e 2008 em Maceió, quando Almeida foi eleito e reeleito sem o apoio de Renan.

Adversários classificam a aliança alagoana como “um casamento de conveniência”. Almeida nega: “Sempre tive um bom relacionamento com o senador Renan. Ele me ajudou em muito momentos difíceis”, afirma.

Deputado federal licenciado e com passagem por oito partidos, Almeida é réu em uma ação penal no STF por suposto envolvimento na Máfia do Lixo de Maceió. Ele nega as acusações e diz que vai provar sua inocência.

CARAS NOVAS

PMDB deve disputar 18 capitais; em 9, candidatos estreiam em majoritárias

RIO DE JANEIRO
Pedro Paulo
Primeira eleição majoritária

BELO HORIZONTE
Rodrigo Pacheco
Primeira eleição majoritária

SÃO LUÍS
Fábio Câmara
Primeira eleição majoritária

BELÉM
Carlos Maneschy
Primeira eleição majoritária

PORTO VELHO
Williames Pimentel
Primeira eleição majoritária

RIO BRANCO
Eliane Sinhasique
Primeira eleição majoritária

MANAUS
Marcos Rotta
Primeira eleição majoritária

CURITIBA
Requião Filho
Primeira eleição majoritária

CUIABÁ
Valtenir Pereira
Primeira eleição majoritária

JOÃO PESSOA
Manoel Júnior

FLORIANÓPOLIS
Gean Loureiro

MACAPÁ
Gilvan Borges

BOA VISTA
Teresa Surita

SÃO PAULO
Marta Suplicy

VITÓRIA
Lelo Coimbra

MACEIÓ
Cícero Almeida

PORTO ALEGRE
Sebastião Melo

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