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Crise financeira

Sem condições de pagar funcionários, 6ª empresa de ônibus fecha

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publicado em 29/06/2016 às 11h54

A Auto Viação Bangu foi a 6ª empresa de ônibus a fechar suas portas, no setor de transporte coletivo do Rio de Janeiro, em um período de 13 meses.

A empresa operava com mais de 100 ônibus e deixou mais de 400 operadores desempregados. A empresa estava pagando os salários com atraso, gerando problemas para seus operadores, que estavam a reivindicar sua atualização, o que apressou a decisão da empresa pelo fechamento, tendo em vista que já acumulava dificuldades inclusive com a manutenção de seus veículos, sobretudo para seu abastecimento de combustíveis.

No começo deste ano tinha sido a empresa Algarve, da mesma cidade, a fechar as portas. Ela também operava com cerca de 100 ônibus e deixou 462 trabalhadores desempregados.

Entretanto, entre abril e dezembro de 2015 o setor de transporte coletivo do Rio de Janeiro, face o fechamento de outras quatro empresas, já tinha cortado 1.980 postos de trabalho.

Mesmo com o governo do Rio de Janeiro concedendo isenções de impostos e dando subsídios, e atualmente sendo praticada uma tarifa urbana de R$ 3,80; considerando ainda que o salário de motorista equivale-se a apenas 561 tarifas inteiras (R$ 2.134,00), as empresas de transporte coletivo urbano da capital carioca atravessam, como as empresas de todo o país, uma séria crise não só em decorrência da grande elevação em seus custos operacionais, principalmente dos combustíveis, mas também pela queda no número de passageiros transportados. E essa queda no número de passageiros é em parte decorrente também da crise econômica, vez que muitas empresas, de outros setores, têm igualmente fechado suas portas, ou seja, deixa de adquirir os vales transporte que anteriormente adquiriam.

Contenção salarial:

Decorrente de tudo isso, um outro fato tem sido observado: os próprios trabalhadores preferem manter os salários tais como estão do que exigirem aumentos que os levem a ficar desempregados.

E essa contenção salarial vem sendo constatada principalmente no setor público, em que o maior exemplo é o próprio estado do Rio de Janeiro em que seus funcionários têm recebido suas remunerações praticamente em prestações… prestações também pagas com atraso.

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