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Em áudios, técnico expõe rota de colisão com presidente da Raposa

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publicado em 15/05/2016 às 16h06
atualizado em 16/05/2016 às 03h43

Na semana que anunciou o fim de seu ciclo no Campinense, para depois do Campeonato Paraibano, o técnico Francisco Diá expôs uma rota de colisão com o presidente do clube, William Simões.

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Em mensagens de áudio que vazaram na internet, neste domingo (15), Diá dispara contra o mandatário rubro-negro, que o teria acusado de empresariar jogadores e forçá-los ao deixar o time cartola.

‘’Amigo, eu quero dizer a você que estou muito chateado e muito triste com tudo aquilo que aconteceu. Porque eu acredito que minha passagem pelo Campinense, uma passagem vitoriosa, com honestidade, revelando jogadores, e um desesperado presidente daquele vir dizer um negócio desse? Dizer que eu fico empresariando jogador e tirando jogador do clube. Se nem um desses atletas… nem em clube nenhum eu estou, porque mantive minha palavra em terminar o campeonato pelo Campinense, quando eu tinha proposta do América-RN. E ele desesperado fazer um negócio daquele comigo. Eu não tenho a mínima condição de continuar num clube desse, aonde o presidente me desmoralizou na frente de todo mundo. Chegou ao ponto de querer me agredir. Não tenho mais condições psicológicas de continuar numa equipe dessa’’, disse Diá em um primeiro áudio.

Em um segundo áudio, Diá afirma que todos os jogadores do elenco do Campinense foram trazidos por ele, inclusive, o atacante Rodrigão, já vendido para o Santos. Ainda revela o valor: R$ 2 milhões.

‘’Todos os jogadores que estão aí foram trazidos por mim. Jogadores baratos, inclusive, Rodrigão, que deu um lucro de R$  2 milhões e uma parceria de 40%. Como é que um cara vem dizer que sou empresário? Tinha de respeitar mais a minha historia’’, contou.

”Covardia com uma pessoa que só fez ajudar esse clube. Quando eu cheguei aqui não tinha um jogador. Ele (William) não sabia nem o que era prender jogador ao clube. Nunca conseguiu vender um jogador. E eu trazendo jogador barato, com o conhecimento que eu tenho, e falar um negócio daquele. Dizer que eu queria tirar Pitbull? Se Pitbull tem um empresário, um ladrão lá de não sei de onde… de Joinville, que chegou aqui, que é amigo dele e prendeu o jogador,  junto com esse gaúcho que veio aí do clube. Eu não! Eu não empresário não. Que se eu fosse empresariar, eu largava minha profissão. Ia ficar rico, que ninguém conhece mais jogador do que eu. Eu tenho um nome a zelar. Mas é isso mesmo. Cada um dá o que tem. Aquele lá de cima não falha. Fiquei muito triste, constrangido. Amanhã vou falar com Gustavo para ele acertar o que me deve para eu ir embora. Não fico mais nenhum dia nesse clube”, acrescentou.

Pouco depois das três primeiras mensagens de áudio se espalharem em grupos do aplicativo de mensagens Whatsapp, Francisco Diá fez uma nova gravação para explicar o episódio.

”Amigos, ontem num momento de tristeza muito grande, eu tive uma discussão com o presidente (William Simões), e esse áudio vazou. Eu quero dizer a vocês o seguinte: não tenho nada contra a pessoa do presidente. Eu estava muito triste ontem e desabafei. E as coisas internas do clube, eu quero dizer a vocês que eu resolvo com o presidente. Eu e ele, a gente se resolve. Já houve outras discussões e a gente vai resolver. Agora, jamais vazar um áudio desse… foi num momento de tristeza, eu desabafei, não tem como voltar atrás. Mas não falei nada de ninguém nem nada demais. Só o que eu tava sentindo. Obrigado”, justificou.

A reportagem do Portal MaisPB tentou contato com o presidente do Campinense, William Simões, mas não obteve sucesso.

MaisPB

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