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SEIS MÚSICAS

Em denúncia ao STF, Janot acusa Manoel Jr de cantar para Cunha

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publicado em 04/05/2016 às 18h57
atualizado em 04/05/2016 às 16h07

O Portal MaisPB teve acesso nesta quarta-feira (04) a peça da Procuradoria Geral da República (PGR) encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a investigação de requerimentos de autoria do deputado federal Manoel Junior (PMDB), apresentados na Câmara dos Deputados com o objetivo de convocar representantes do grupo Schahin para audiências públicas no ano de 2013.

Na denúncia, enviada ao STF, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, diz que o deputado paraibano cantou seis músicas no aniversário do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), comemorado no dia 29 de setembro de 2015.

“Manoel Júnior trabalhou ativamente na campanha do colega de partido à presidência da Câmara. Ele é amigo de Cunha e, de acordo com reportagem da revista Época, cantou seis músicas em festa de aniversário de Cunha em Brasília. No Conselho de Ética, é um dos deputados mais atuantes na defesa de Cunha. Manoel Junior costuma apresentar reiterados questionamentos nas sessões do Conselho de Ética, como uma manobra para adiar ao máximo o andamento do processo”, diz o documento.

A acusação é feita em uma nota de rodapé nas páginas 12 e 13 da peça.

Entenda o caso

De acordo com a PGR, o parlamentar, que seria da “tropa de choque” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tentou achacar ou pressionar os representantes do grupo Schahin, por isso pediu investigação dos requerimentos na operação Lava Jato. Após a polêmica, o deputado enviou nota à imprensa esclarecendo a denúncia.

Ele afirmou que os requerimentos não chegaram sequer a ser efetivados, pois as audiências públicas foram transformadas em vindas do presidente do Banco Central à Câmara para prestar esclarecimentos. Manoel disse também que não sabia que investigar corrupção era crime.

“Pois bem, este dois requerimentos foram instados como crimes. Não sabia que investigar corrupção e malversação do dinheiro público agora se transformava em crime. Se tivesse de fazer de novo, faria os mesmos requerimentos, no meu papel de deputado, de fiscalizador dos recursos públicos”, afirmou.

Confira trecho do relatório 

Relatório 1

Cristiano Teixeira – MaisPB

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