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Planos de saúde perdem mais de 1,3 milhão de clientes em um ano

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publicado em 03/05/2016 às 10h38
atualizado em 03/05/2016 às 07h39
Foto Ilustrativa

Mais de 1,3 milhão de brasileiros deixaram de ter planos de assistência médica entre março do ano passado e março deste ano, segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar ), sendo 617 mil somente no primeiro trimestre deste ano. O subsegmento mais impactado foi o de planos coletivos empresarias, devido ao fechamento de vagas formais.

Após perder o emprego no ano passado, a produtora de eventos Erika Freddo, 38 anos, ficou sem ter como pagar o plano de saúde dela e da filha, Larissa, de 15 anos.

“O meu plano era pago integralmente pela empresa. Agora, estou empregada novamente, mas não cobre plano e não tenho condições. Não estou tranquila, mas como temos boa saúde, foco na fé”, disse ela, que nunca utilizou o SUS (Sistema Único de Saúde), mas tem medo de precisar um dia.

“Nunca fui, mas se quebrar um pé, por exemplo, não vai ter jeito. Agora, consultas médicas prefiro fazer em clínicas particulares com preços populares, porque tem menos fila”.

48,8 milhões de clientes

Em março deste ano, o setor registrou cerca de 48,8 milhões de beneficiários em planos de assistência médica e 21,6 milhões em planos exclusivamente odontológicos. No trimestre anterior, havia 49,4 milhões de beneficiários em planos de assistência médica e 21,9 milhões em planos de assistência odontológica.

Em março, o setor apresentou 1.320 operadoras com registro ativo, sendo 1.125 com beneficiários. Em 2015, os planos de saúde médico-hospitalares perderam 766 mil usuários em 2015, uma diminuição de 1,5%.

Apesar do cenário de saída dos beneficiários de seguros e planos de saúde privados, a expectativa da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), que representa as operadoras de planos e seguros de saúde, é que antes do fim de 2016, o setor de saúde suplementar recupere as perdas de beneficiários.

“Esse bem de consumo sempre foi altamente valorizado tanto pelos trabalhadores, que usufruem um serviço essencial, quanto empregadores, por ser um benefício importante para a retenção de talentos e o aumento da produtividade. Mas, apesar do panorama atual, há forte expectativa quanto à recuperação da economia ainda ao longo deste ano, o que certamente reverterá essa queda na adesão aos planos”, diz Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidenta da FenaSaúde.

Esses e outros dados estão na nova ferramenta da ANS, que permite o acesso a informações relacionadas à saúde suplementar, de forma interativa.

Uol

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