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EM LABORATÓRIO

Sexo para procriação vai acabar em 20 anos, diz especialista

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publicado em 30/03/2016 às 14h49

A maioria dos humanos em países desenvolvidos vai parar de fazer sexo para procriação nas próximas décadas, diz um um especialista da Universidade de Stanford, nos EUA, em livro recém-publicado. De acordo com o livro, o professor Henry Greely acha que em cerca de 20 anos a maioria das crianças nesses países será concebida em laboratório, e não por meio do sexo.

“Em 20 a 40 anos, quando um casal quiser um bebê, ele vai fornecer esperma e ela um pedaço de pele”, disse ele em entrevista ao jornal britânico The Times. A pele da mulher seria usada para criar células tronco, que virarão óvulos. Esses óvulos serão fertilizados com o esperma, resultando em muito embriões.

Na teoria do professor, os embriões serão estudados para detectar doenças. “Os técnicos vão dizer aos futuros pais: ‘Esses cinco aqui têm doenças sérias, os outros 95 têm coisas positivas e negativas'”, afirma ele.

“Os embriões serão agrupados: uma categoria com as coisas incuráveis, 1 ou 2% deles. Outra categoria com doenças tratáveis. Uma terceira para coisas cosméticas: cabelo, olhos, tipo de corpo, se o cabelo fica branco jovem. Ainda não sabemos muito sobre isso, mas vamos saber. A quarta categoria é de comportamento, acho que a informação aqui será limitada. Eles não vão poder dizer ‘Esta criança está no 1% do topo de inteligência. Acho que vão dizer ‘Essa criança tem 60% de chance de estar nos níveis altos de inteligência'”, teoriza Greely.

Segundo o professor, o processo teria um custo benefício equilibrado para a sociedade com a redução em doenças hereditárias e bebes mais saudáveis. Ele também acredita que a visão da sociedade sobre gravidez natural pode mudar.

“Especialmente em países que cuidam da saúde publicamente, talvez haja um estigma com a gravidez por sexo. Pessoas dirão: ‘Vai, tenha um filho doente pra sempre, nós que tamos pagando, né'”.

O Globo

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