João Pessoa, 01 de março de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Quando integrantes do grupo autodenominado Estado Islâmico (EI) invadiram a aldeia de Nadia Murad no Iraque, mataram todos os homens, incluindo seis de seus irmãos.
Nadia é da minoria étnica e religiosa yazidi, considerada “infiel” pelos extremistas do EI.
Nadia conseguiu fugir, mas acredita-se que milhares de mulheres continuem presas.
Nadia Murad está em Londres em campanha para chamar a atenção para seu povo.
Em 3 de agosto de 2014, o EI atacou os yazidis em Sinjar, região no norte do Iraque próxima a uma montanha de mesmo nome. Antes disso haviam atacado locais como Tal Afar, Mosul e outras comunidades xiitas e cristãs, forçando a saída dos moradores.
“A vida em nosso vilarejo era muito feliz, muito simples. Como em outros vilarejos, as pessoas não viviam em palácios. Nossas casas eram simples, de barro, mas levávamos uma vida feliz, sem problemas. Não incomodávamos os outros e tínhamos boas relações com todos”, contou Nadia ao programa HARDtalk da BBC.
Nesse dia, diz ela, 3 mil homens, idosos, crianças e deficientes foram massacrados pelo EI.
Alguns conseguiram fugir e se refugiar no monte Sinjar, mas a aldeia estava longe da montanha e o EI cercou as saídas.
Terra
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