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Primeiras mortes por chikungunya são confirmadas

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publicado em 16/01/2016 às 06h51
atualizado em 16/01/2016 às 12h04

O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (15) as três primeiras mortes por febre chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti o mesmo vetor da dengue.

Duas mortes foram registradas na Bahia e uma no Sergipe. As vítimas eram três idosas, com idades de 75, 83 e 85 anos, e que apresentavam histórico de doenças crônicas.

É a primeira vez que são confirmadas mortes no Brasil em decorrência de chikungunya, cujo vírus foi identificado no país em 2014.

Dados de boletim atualizado do Ministério da Saúde também mostram que a febre considerada “prima” da dengue avançou em 2015, ano em que foram notificados 20.661 casos “autóctones” de chikungunya (ou seja, transmitidos no local), contra 3.657 no ano anterior.

Do total de casos em 2015, 7.823 foram confirmados por exames e diagnósticos clínicos e 10.420 ainda estão em investigação.

A chikungunya também se espalhou pelo país. Inicialmente concentrada em oito municípios, especialmente na Bahia e Amapá, a doença tem agora circulação confirmada em 84 municípios do país, distribuídos em 11 Estados.

Entram na lista municípios de Amazonas, Roraima, Amapá, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Nos últimos meses, casos autóctones da doença também foram identificados nas cidades de Itajaí (SC) e na capital Rio de Janeiro.

Embora tenha sintomas parecidos com a dengue, a chikungunya se diferencia por causar dor articular mais intensa, que afeta principalmente pés e mãos. Esse sintoma pode ser observado em 70% a 100% dos casos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

As autoridades de saúde dos Estados Unidos emitiram um alerta nesta sexta (15) para que mulheres grávidas evitem viagens ao Brasil e a outros países da América Latina expostos ao vírus zika.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do governo (CDC na sigla em inglês), a decisão foi tomada depois que cientistas da agência testaram amostras fornecidas pelas autoridades de saúde do Brasil que indicaram a ligação entre o vírus zika e casos de bebês com microcefalia -má-formação cerebral que pode trazer limitações graves ao desenvolvimento da criança.

“Até que a situação seja melhor conhecida, e por uma questão de extrema cautela, o CDC recomenda precauções especiais a mulheres grávidas e mulheres tentando engravidar”, diz o comunicado da agência. “Mulheres em qualquer estágio de gestação devem consideram o adiamento de viagens a áreas onde a transmissão do vírus zika está ocorrendo”.

Uol

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