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CORRUPÇÃO

Ricardo Teixeira nega ter recebido propina pela Copa América

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publicado em 11/01/2016 às 14h18
Ricardo Teixeira

Uma das acusações contra o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, indiciado pelo FBI por crimes de corrupção, diz respeito ao destino de cotas suplementares a que tinha direito a CBF pela participação da Seleção Brasileira nas edições da Copa América de 2004, 2007 e 2011. O dinheiro, segundo denúncia, não teria chegado nas contas da confederação. Isso consta da peça produzida pela Justiça dos Estados Unidos (EUA) contra o ex-dirigente, que comandou a entidade de 1989 a 2012. 

Teixeira desqualificou a acusação e a classificou como inconsistente. “É mais uma mentira contra mim. Quem disse isso foi no mínimo leviano.” Praticamente todo o material usado pelos americanos para o indiciamento de Teixeira tem partido de delações premiadas de J. Hawilla , dono da empresa de marketing esportivo Trafficc, que foi por vários anos a detentora exclusiva de todos os direitos comerciais da Copa América. Teixeira e Hawilla já foram muito próximos. Atualmente, estão rompidos. O empresário, réu confesso em crimes de corrupção relacionados ao futebol e investigados pelo FBI, fez um acordo de devolução de US$ 151 milhões à Justiça dos EUA.

O ex-presidente da CBF não quis falar sobre denúncias de que teria recebido cerca de US$ 20 milhões de propina da empresa de marketing esportivo ISL, entre 1992 e 2000, numa transação envolvendo a Fifa. Ao ser indagado sobre isso, respondeu. “O assunto ISL já foi encerrado. Houve um acordo com a Justiça da Suíça anos atrás e ficou tudo zerado. Isso já é público. Não há mais nada a falar sobre esse assunto. Já foi liquidado”.

Ele também não quis abordar outros tópicos de seu indiciamento pela Justiça norte-americana. Seguia orientação de seu advogado, Michel Assef Filho, presente à entrevista. “Nada vai ficar sem resposta. Mas, agora, não é aconselhável que ele se estenda. Tudo tem o momento certo”, declarou Assef.

Terra

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