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Restaurantes e hotéis reagem à cobrança de lixo excedente

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publicado em 03/11/2015 às 15h07
atualizado em 03/11/2015 às 12h17

Representantes da Abrasel/PB, ABIH/PB e Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de João Pessoa (SHRBS) estiveram reunidos ​na última semana no Hotel Nobile Inn Royal para debaterem sobre a cobrança instituída pela Prefeitura Municipal de João Pessoa, referente à coleta de lixo excedente em bares, restaurantes e hotéis.

Segundo a Abrasel, “a cobrança vai de encontro a um acordo estabelecido, em julho deste ano, entre a Emlur e as entidades, no qual a Prefeitura se comprometeu a suspender as cobranças já expedidas, além de fazer um estudo sobre o mercado e identificar os grandes geradores de lixo. Após esse estudo, prefeitura e empresas se comprometeriam a estabelecer um plano de coleta seletiva”. “O objetivo de promover a coleta seletiva nos hotéis, bares e restaurantes é para que haja uma redução no volume de lixo produzido e, consequentemente, diminuir o impacto no meio ambiente. Solicitamos a ativação da coleta seletiva pela prefeitura, o que até agora não aconteceu”, explica o presidente da Abrasel/PB, Paulo Amaral.

Paulo Amaral ressalta ainda a precariedade da coleta do lixo reciclável na capital. “Mesmo separado, o lixo seco e o orgânico acabam levados e processados juntos nos caminhões de coleta. Se houvesse a separação, estimamos que o volume de lixo a ser recolhido pelos caminhões da Emlur, nos bares e restaurantes comprometidos com a reciclagem, seria reduzido pela metade”,

Para os empresários, essa nova taxação sobre o lixo vem em péssima hora, num momento em que há diminuição da frequência e do ticket médio dos clientes em bares, restaurantes e hotéis. Algumas empresas que já receberam os boletos de cobrança pela nova norma teriam que pagar até 3 mil reais a mais por mês.

“Nossa solicitação é que a Emlur ative plenamente o sistema de coleta seletiva e que faça um levantamento técnico de quanto lixo em excesso cada empresa produz. A partir daí negociaremos um preço justo a ser pago pelo volume excedente”, afirma o presidente da Abrasel/PB.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Graco Parente, acredita este pode ser um grande diferencial para a cidade. “Hoje, o lixo nas grandes cidades é encarado como uma riqueza, pela geração de emprego e renda que proporciona. Temos um compromisso com o meio ambiente e João Pessoa tem como marca ser uma das cidades mais verdes do país, e isso repercutiria positivamente para todo o trade”, explica.

As entidades também sugerem que seja feito um trabalho de formalização de comerciantes ambulantes e donos de barracas, para que eles também passem a colaborar com a taxa anual de coleta de resíduos (TCR).

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