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PF apura suposta lavagem de dinheiro do PT em Minas

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publicado em 01/10/2015 às 11h27

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (1º) a 3ª fase da Operação Acrônimo, que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro e irregularidades na campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.Segundo a PF, agentes iniciaram a manhã cumprindo 40 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, em São Paulo e no Distrito Federal.

Em Belo Horizonte, mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa do diretor-presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Mauro Borges. O executivo é ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com atuação entre fevereiro e dezembro de 2014, quando assumiu o cargo deixado por Pimentel.

O advogado de Borges, Marcelo Leonardo, confirmou que os policias estiveram no imóvel, no bairro Belvedere, e informou que o executivo compareceu à Superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte porque foi intimado. Segundo o advogado, ele prestou esclarecimento e já foi liberado. O conteúdo das declarações não foi revelado pela defesa. A assessoria da Polícia Federal em Brasília informou que, por determinação da Justiça, não pode se manifestar sobre a investigação. A Cemig também não se manifestou. A Superintendência de Imprensa do Governo de Minas Gerais disse que somente o advogado de Pimentel vai se pronunciar sobre o caso.

Há suspeita de que os recursos desviados de contratos com o governo federal foram para a campanha eleitoral. Ainda de acordo com investigadores, alguns dos locais que são alvo de mandados de busca e apreensão nesta manhã são ligados ao governador Pimentel.

O governador de Minas Gerais já havia negado irregularidades, após buscas feitas nas primeiras fases da operação. Nesta quinta-feira (1º), o advogado que defende Pimentel, Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay, estranhou uma terceira busca e apreensão em um curto espaço de tempo. As primeiras fases foram realizadas em maio e em junho deste ano. Ainda de acordo com Kakay, Pimentel não tem ligação com as empresas envolvidas nesta operação. A defesa do governador de Minas Gerais disse não conhecer a linha de investigação da Polícia Federal nesta terceira fase.

Em maio de 2015, quando deu início à Operação Acrônimo, a PF buscava a origem de mais de R$ 110 mil encontrados em um avião no aeroporto de Brasília, em outubro do ano passado. A aeronave transportava Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha de Pimentel ao governo mineiro.

Bené foi preso, mas liberado após pagar fiança. Também na 1ª fase da Acrônimo, a PF fez buscas no apartamento da mulher de Pimentel, a jornalista Carolina de Oliveira, em Brasília. Na época, o governador classificou a ação como um “equívoco”.

“Ocorre que o mandado de busca e apreensão foi expedido com base numa alegação, numa definição inverídica, absolutamente inverídica”, disse o governador na ocasião. Dois dias depois, o advogado de Carolina de Oliveira, Pierpaolo Bottini, entregou à Justiça Federal em Brasíliadocumentos que comprovariam a inocência da primeira-dama mineira.

A segunda etapa da operação cumpriu mandados de busca e apreensão em Brasília, Belo Horizonte, Uberlândia, Rio de Janeiro e São Paulo em junho de 2015. Em Belo Horizonte, os agentes apreenderam material em um escritório onde funcionou o comitê campanha de Pimentel em 2014, no bairro da Serra. Em Brasília, um dos mandados foi cumprido em uma agência de publicidade. À época, a assessoria de imprensa do governo de Minas Gerais disse que as ações da PF foram “abusivas”.

G1

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