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Após bater máxima histórica de R$ 4,24, dólar fecha abaixo de R$ 4

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publicado em 24/09/2015 às 17h23
atualizado em 24/09/2015 às 14h33

Após subir com força e passar a marca de R$ 4,24 nesta quinta-feira (24), renovando a máxima histórica, o dólar virou e passou a cair, terminando a sessão em queda. A moeda deixou o patamar de R$ 4, no qual permaneceu por dois dias.

O dólar caiu 3,73%, a R$ 3,9914. Na máxima da sessão, chegou a saltar para R$ 4,2491, segundo a Reuters. Veja a cotação

Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 0,84% e 10,04%, respectivamente. No ano, há valorização de 50,13%.

A moeda perdeu força e passou a cair depois de declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, que sugeriu que poderão ser feito leilões de dólares no mercado à vista.

Questionado sobre o possível uso das reservas internacionais no câmbio, Tombini disse que “todos os instrumentos à disposição do Banco Central estão no raio de ação caso seja necessário à frente”.

Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares

A declaração de Tombini trouxe algumas expectativas de que a autoridade monetária poderia realizar leilão de dólares no mercado à vista, embora as perspectivas continuassem muito incertas, destaca a Reuters.

Veja a cotação ao longo do dia:
Às 9h20, alta de 1,39%, a R$ 4,2038
Às 9h40, alta de 1,46%, a R$ 4,2067
Às 10h, alta de 1,7%, a R$ 4,2165
Às 10h20, alta de 2,16%, a R$ 4,2356
Às 10h30, alta de 2,45%, a R$ 4,247
Às 10h50, alta de 1,89%, a R$ 4,2245
Às 11h10, alta de 0,3%, a R$ 4,1586
Às 11h20, alta de 0,87%, a R$ 4,1821
Às 12h, alta de 1,5%, a R$ 4,2086
Às 12h40, alta de 1,2%, a R$ 4,1961
Às 13h24, queda de 0,29%, a R$ 4,1339
Às 13h54, queda de 1,32%, a R$ 4,0915
Às 14h25, queda de 0,89%, a R$ 4,1066
Às 15h57, queda de 1,57%, a R$ 4,0809
Às 16h07, queda de 2,10%, a R$ 4,0590

Operadores relutavam em estimar até que ponto o dólar deve subir, mas é unânime a percepção de que deve continuar pressionada. O dólar subiu nos cinco dias anteriores, acumulando alta de 8,14%.

“Estamos em uma sinuca de bico. Recessão com inflação é uma espiral perigosa e, se não sairmos rapidamente disso, pode ser desastroso. E as chances de isso acontecer são cada vez menores, principalmente com a política como está”, disse à Reuters o operador de uma corretora nacional.

A moeda norte-americana tem sido pressionada pela deterioração das contas públicas do Brasil e pelas turbulências políticas. Investidores temem que o país perca seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor’s.

Recordes
O dólar ultrapassou a cotação de R$ 4 pela primeira vez na história esta semana, por preocupações com o ajuste fiscal no Brasil e com a possibilidade do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, elevar a taxa de juros do país. Se isso acontecer, os EUA se tornam mais atrativos aos investimentos, e pode haver uma forte saída de dólares do Brasil – seguindo o princípio da oferta e da procura, quanto menos dólares à disposição, mais caros eles ficam.

Para esta quinta, o BC anunciou um leilão de até 20 mil novos swaps cambiais, (títulos que equivalem a venda futura de dólares, e que servem como proteção contra a alta da moeda), com vencimento em 1º de setembro de 2016.

Também nesta quinta, o BC dá continuidade ao seu programa diário de interferência no câmbio, seguindo a rolagem (troca dos títulos que vão vencer por títulos novos, para evitar retirar esses recursos do mercado) dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.

Na véspera, o BC realizou dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra e um leilão de novos swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares. Também durante a sessão passada, anunciou para esta quinta-feira outro leilão de novos swaps, na qual vendeu a oferta total de até 20 mil contratos.

Além disso, o BC vendeu a oferta total de até 9,45 mil swaps cambiais para rolagem dos contratos que vencem em outubro. Ao todo, já rolou o equivalente a US$ 7,621 bilhões, ou cerca de 80% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões.

G1

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