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Presidente da Volkswagen não resiste ao escândalo e renuncia após fraude

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publicado em 23/09/2015 às 18h37
Martin Winterkorn, ex-presidente-executivo da Volkswagen, em Hanover. 5/5/2015 REUTERS/Fabian Bimmer

O CEO do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, renunciou nesta quarta-feira (23), um dia após a montadora admitir que fraudouos resultados dos testes de emissões dos carros a diesel nos Estados Unidos. O escândalo teve início na última semana, quando a Agência de Proteção Ambiental dos EUA acusou a fabricante alemã de ter instalado um dispositivo que alterava os valores das medições feitas em laboratório. No lugar de Winterkorn, deve assumir Matthias Müller, presidente da Porsche. O anúncio será feito nesta sexta (25).

— A Volkswagen precisa de um novo começo, também em termos de pessoal. Estou liberando o caminho para este novo começo com a minha renúncia.

De acordo com a agência norte-americana, 482 mil veículos comercializados no país violaram os padrões exigidos por lei. Entre os modelos, estão os Volkswagen Beetle (Fusca no Brasil), Golf, Passat e Jetta, além do Audi A3 — todos produzidos entre 2009 e 2015. Nesta terça (22), a montadora admitiu que 11 milhões de veículos a diesel em o todo mundo receberam o mesmo software, capaz de alterar entre 10 e 40 vezes o volume de gases poluentes liberados nos testes, que simulam uma condução regular.

A suspeita de fraude surgiu quando a agência norte-americana percebeu uma diferença grande entre os resultados dos testes de rodagem e os feitos em laboratório. Em seguida, a EPA (Environmental Protection Agency) abriu investigação que resultou na descoberta do dispositivo que alterava os resultados. De acordo com a agência, o software instalado nos carros percebia quando estava sendo feito algum teste de medição de gases, e adulterava os resultados, passando a “filtrar” melhor os poluentes emitidos.

Já em condições reais de uso, foi verificado que este mesmo programa deixa de filtrar os poluentes, liberando quantidade maior de gases que o permitido por lei. Até o momento, a Volkswagen não especificou quantos países receberam os veículos com o software, nem que modelos são, e de que marcas pertencem. A única confirmação é de que os 11 milhões de veículos fraudados usam o mesmo motor, que é o 2.0 TDI turbo-diesel, de quatro cilindros.

R7

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