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Obama pede a governo que EUA acolham 10 mil refugiados sírios

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publicado em 10/09/2015 às 15h39
atualizado em 10/09/2015 às 13h04

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu a seu governo que inicie os preparativos para poder receber pelo menos 10 mil refugiados sírios durante o novo ano fiscal, que começa em 1º de outubro, anunciou nesta quinta-feira (10) a Casa Branca.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, fez o anúncio em sua entrevista coletiva diária, um dia depois que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que seu país está comprometido a acolher mais refugiados sírios para responder à crise migratória que está afetando a Europa.

Um grande fluxo de pessoas do Oriente Médio e norte da África tem fugido de gueras e conflitos de saus países para buscar uma vida em paz na União Europeia. Um total de 381.412 migrantes e refugiados chegaram à Europa por meio do Mediterrâneo desde janeiro de 2015 e 2.850 morreram na travessia ou foram considerados desaparecidos, informou nesta terça-feira a Agência da ONU para os Refugiados (Acnur).

Segundo Earnest, o acolhimento de 10 mil refugidos reflete o aumento significativo do comprometimento dos EUA de aceitar refugiados de países em guerra e de oferecer a eles cuidados básicos. O porta-voz também lembrou que o Congresso dos EUA terá de se comprometer financeiramente para ajudar a aumentar o número de refugiados sirios que entram no país.

Os Estados Unidos receberam cerca de 1.500 sírios desde o início da guera civil há quatro anos no país, de acordo com a Associated Press.

Atualmente, os Estados Unidos aceitam cerca de 70 mil refugiados de conflitos e perseguições por ano, mas têm evitado aceitar sírios. Os refugiados da Síria são submetidos a uma rígida checagem de segurança para impedir a entrada de extremistas em território americano.

Desde o último domingo (6), os Estados Unidos passaram a sofrer mais pressão para ajudar a Europa a encontrar refúgio para a leva de imigrantes que foge das guerras e do caos na região do Oriente Médio e Norte da África.

David Miliband, chefe do Comitê Internacional de Resgate e ex-secretário de Relações Exteriores britânico, pediu aos EUA para mostrarem “o tipo de liderança que a América já exibiu neste tipo de assunto” no passado.

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