João Pessoa, 20 de julho de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
SAÚDE

Mãe e bebê ficam juntos no Alberto Urquiza, na Capital

Comentários: 0
publicado em 20/07/2015 às 10h51
atualizado em 21/07/2015 às 07h48

“Este é meu milagre. Meu milagre se chama Samuel”. Entre muitas lágrimas e um sorriso enorme no rosto, Katiane Felinto Trajano segurava o pequeno Samuel logo após o parto. O milagre da vida estava feito. Samuel nascia de um parto normal, foi amamentado poucos segundos depois, teve o cordão umbilical cortado pela mãe e com ela ficou, junto ao seu corpo, enrolado, sentindo o calor e o cheiro dela, que não cansava de repetir o quanto estava feliz por estar com ele.

Samuel nasceu no dia 8 deste mês, no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, unidade da rede própria de atendimento da Unimed João Pessoa. E, assim como ele, toda criança que nascer na unidade hospitalar a partir de agora, independentemente do tipo de parto, ficará com a mãe o tempo inteiro, não sendo separada para os cuidados, como ocorria antes, desde que ambos estejam em boas condições de saúde. A primeira higienização da criança será feita ao lado da mãe.

“Na primeira hora de vida, o bebê está mais ativo. Depois, vai ficando sonolento. Por isso, é importante que ele esteja com a mãe neste período, para estreitar ainda mais o vínculo que a criança tem com ela. Esta é uma ação de cuidado e segurança no parto”, explicou o obstetra Eduardo Sérgio.

Este momento entre a mãe e o filho é muito importante para os dois. “Isso diminui a ansiedade mãe. Ela poderá cuidar do filho, com o suporte de toda a equipe”, disse o médico. Além disso, estudos comprovam que este momento estimula a liberação de um hormônio feminino, que provoca a contração uterina e é responsável pela ejeção do leite materno. O estímulo ao aleitamento materno logo após o parto já é uma prática consolidada no hospital.

Deixar o filho no colo da mãe após o parto ajuda, ainda, a estabilizar a temperatura corporal do recém-nascido e os batimentos cardíacos e respiração, reduzindo o choro e o estresse. Além disso, anticorpos maternos são transmitidos pela mãe para a pele do bebê como forma de defesa.

O pai poderá ficar com a mulher e o bebê durante todo o tempo. “Antes o pai escolhia se saía junto com o filho ou se permanecia para acompanhar a esposa. Agora, não acontece o afastamento. O pai também é estimulado a estreitar o vínculo com o filho, pegando-o no colo poucos minutos após o parto, aprendendo a dar banho, apoiando a mulher em todos os momentos”, explicou Eduardo Sergio.

MILAGRE DA VIDA

Katiane passou dois anos tentando engravidar, sempre com muita fé em Deus de que realizaria o sonho. “Eu esperava que fosse emocionante, que fosse o melhor momento da minha vida, mas não esperava que fosse tanto. Não esperava ficar com ele o tempo todo, cortar o cordão umbilical. Esse parto foi a melhor experiência da minha vida. Eu agradeço muito ao meu médico, que foi o maior incentivador do meu parto normal”, disse.

O pai Airton Bezerra não conseguia parar de olhar para Samuel. O bebê não esperou que o pai, que vinha de outra cidade, chegasse ao hospital. Por isso, durante o parto, outro parente acompanhou Katiane. Mas, ao chegar e ver o filho junto com a esposa, esperando por ele, Airton não segurou a emoção. Pouco tempo depois, estava com o pequeno Samuel – que nasceu com quase três quilos – nos braços. E assim a família ficou: unida. Pai, mãe e filho não se desgrudaram enquanto estiveram no hospital.

MaisPB

Leia Também