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BC prevê retração de 1,1% e inflação de 9%

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publicado em 24/06/2015 às 13h12
atualizado em 24/06/2015 às 10h14

O Banco Central espera uma retração de 1,1% da economia brasileira em 2015. Há três meses, a instituição projetava queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,5%.

A estimativa de retração divulgada no Orçamento do ano é de 1,2%. A projeção do mercado pela pesquisa Focus é de queda de 1,45%.

A instituição também elevou a projeção de inflação medida pelo IPCA (índice de preços ao consumidor) para o ano de 7,9% para 9,0%, maior valor desde 2003 (9,3%), acima do teto da meta, de 6,5%.

Para 2016, a previsão passou de 4,9% para 4,8%. Em junho de 2017, segundo o BC, a inflação ao centro da meta de 4,5%. O objetivo da instituição é alcançar esse valor em dezembro do próximo ano.

As estimativas consideram a taxa básica de juros atual, de 13,75% ao ano, e um dólar cotado a R$ 3,10.

Os dados fazem parte do Relatório Trimestral de Inflação do BC, divulgado nesta quarta-feira (24).

A instituição tem sinalizado que continuará a subir a taxa básica de juros até que sua projeção para o IPCA de 2016 esteja em 4,5%, que é o centro da meta de inflação.

A meta tem um intervalo de tolerância que vai até 6,5%. Quando esse valor é superado, o BC precisa divulgar uma carta aberta ao Ministério da Fazenda para explicar o motivo de não ter cumprido o objetivo fixado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), formado por BC, Fazenda e Ministério do Planejamento.

A chance de estouro da meta em 2015, segundo o BC, é de cerca de 99%.

O BC também projetou a inflação utilizando as expectativas do mercado para juros e câmbio. As previsões dos analistas são de um dólar mais caro ao longo do período e de uma taxa básica que chegaria a 14% ao ano no fim de 2015, para depois cair para 12% em 2016.

Nesse caso, a inflação ficaria em 9,1% no fim de 2015, 5,1% em dezembro de 2016 e 4,8% em junho de 2017, segundo cálculo do BC.

Folha

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