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No Correio de domingo

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publicado em 01/06/2015 às 09h51

Tenho orgulho mesmo de ocupar o espaço de opinião que o Correio da Paraíba concede-me às segundas-feiras há cerca de vinte anos, como o tenho também em relação ao MaisPB, este obviamente há bem menos tempo. A razão maior deste orgulho está no fato de que, tanto em um veículo como no outro, mas, no caso específico no Correio, este é mesmo um jornal que respeita as opiniões, sejam as decorrentes das próprias reportagens, sejam as manifestadas por todos os colaboradores que subscrevem seus respectivos artigos.

No domingo 31 de maio, por exemplo, dentre as várias importantes matérias publicadas (especialmente a entrevista com o embaixador Marcos Azambuja, a frustração alusiva à “reforma política” e também a questão dos custos para com nossa representação parlamentar),  está o artigo assinado pelo Procurador da República, Dr. Eduardo Varandas Araruna, reportando-se à “Violência virulenta”, com cuja opinião compartilho em parte.

Onde, por exemplo, ele – Dr. Eduardo Varandas – assevera que “A verdade é que a segurança pública é o calcanhar de Aquiles do governador paraibano” e que esse “cenário caminha para o caos, quase uma guerra civil”, ao meu pensar esse calcanhar de Aquiles não se restringe ao governo da Paraíba: o é de toda a nação brasileira, ou seja, de todos os Estados e ocorre na mesma dimensão, decorrente especialmente da falta de integração entre as três esferas governamentais!

E por isso é preciso considerar como pertinente uma recente declaração e reivindicação do governador Ricardo Coutinho relativas à necessidade do governo federal assumir também, efetivamente, as funções de segurança pública com apoio real aos estados e sobretudo assumindo a coordenação ampla desse segmento.

No entanto, o que se vê neste Brasil são as esferas governamentais atuando quase isoladamente umas das outras, de tal forma que se constata o governo federal executando obras tipicamente locais, sem qualquer dimensão interestadual. Igualmente os Estados executam obras dentro dos municípios, parecendo até que nem licença pediram para efetivá-las. E quanto aos municípios, igualmente se isolam em suas ações, cabendo buscar recursos nas outras esferas sem essa exigível sintonia integrativa que convém a todos os projetos. Daí, esse estado de caos, em todos os setores!

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