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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

O estágio que queremos

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publicado em 15/03/2011 às 08h41

Foi uma menção simples no meio de um discurso, mas o suficiente para insuflar nossa esperança que podemos sim avançar e sair do estágio da eterna, infrutífera e autofágica briga política que fez nosso Estado cavar ainda mais o fundo do poço da picuinha e mesquinharia.

Ao reconhecer as participações dos ex-governadores Cássio Cunha Lima, primeiro a tocar o projeto, e José Maranhão, responsável pelo início da execução das obras do Centro de Convenções de João Pessoa, o governador Ricardo Coutinho pontifica um gesto propício no momento de pregação em torno da união da Paraíba.

Reconhecer é um ato que revela na atitude de quem se “curva” o sentimento de que sozinhos não somos capazes de chegar a lugar algum. Construção, seja ela de qualquer nível, só é erguida coletivamente e com a ajuda de muitas mãos. E por que temos tanto pudor de atestar o acerto do outro, principalmente quando esse outro não compartilha de nosso convívio político ou ideológico?

Na Paraíba está enraizada uma cultura nefasta, segundo a qual só se afirmam as correntes partidárias declaradamente inimigas, nunca apenas adversárias. Essa carcomida lógica serve para alimentar a política da intriga e do interesse inconfessável dos desbravadores da causa do próprio umbigo.

Reconhecer é mais que ressaltar qualidades ou contribuições de outros componentes dos processos ao nosso redor. Um reconhecimento cristaliza aos dois lados o caminho da humildade, qualidade que constrói pontes e derruba muros.

Discrição – Aliados do ex-senador Efraim Morais (DEM) diagnosticaram a motivação da opção voluntária pelo silêncio. O cacique se auto-ofusca para que o foco seja o governador.

Concentração – A opção pela discrição também faz parte de uma estratégia política. Efraim prioriza esforços na Secretaria e delega ao filho a missão de conduzir as articulações do DEM.

A taxa de esgoto, o reajuste e a reclamação da leitora – Milena Câmara (milenastar@ig), do bairro do Cristo Redentor em João Pessoa, volta à coluna desta vez para reclamar do reajuste da taxa de esgoto. “É assim que querem recuperar o rombo nos cofres da Cagepa, assaltando o cidadão e os barnabés deste Estado? O que dizer dos ‘maiorais’ que devem tachos de dinheiro à Cagepa”?

A provocação de Lindolfo – O deputado Aníbal Marcolino pegou ar com o líder do Governo, Lindolfo Pires (DEM), que sugeriu ao oposicionista questionar a direção nacional do PSL sobre a decisão de apoio ao Governo, inclusive nas indicações das comissões temáticas da Assembléia.

A explosão de Aníbal – “Ele está confundindo PSL com PFL (antigo nome do DEM). Lindolfo tem que cuidar da casa dele e não ficar se preocupando com o PSL. Ele precisa é defender o Governo ‘Sonrisal’ que tem se desmanchado”. Esse é o Aníbal que a gente conhece.

Baixa – O DEM vai diminuir sua lista de prefeitos nos próximos dias. Aroldo Firmino, de Água Branca, deixará a legenda, mas não ficará tão distante. Desembarca no PSB de Ricardo.

Protesto – Deu o que falar o protesto realizado ontem por um grupo de defensores na sede do órgão. O ato foi comandado pela advogada e conselheira da OAB, Ângela Abrantes.

Sem apoio – O advogado José Augusto Meireles, da Associação dos Defensores, desqualificou o ato: “Foi um gesto agressivo gratuito para inviabilizar diálogo da categoria com o Governo”.

Graça – Edmilson Soares (PSB) previu o crescimento da bancada governista para 25 deputados e abriu um largo sorriso. Já para a Oposição, a notícia não teve nenhuma graça.

Caminho – O vereador pessoense João dos Santos achou uma solução na bíblia para costurar no PR sua adesão a Luciano Agra. “Vou ao pai (Wellington Roberto) através do filho (Caio)”.

Mão dupla – Uma mão lava a outra. Para Edvaldo Rosas, é fato consumado. O PSB apoiará em Campina o candidato de Cássio. É uma retribuição ao apoio do tucano em 2010.

Braço a torcer – A direção do Aeroclube admite: a localização da instituição já é inapropriada. “Sabemos que temos que procurar um outro lugar. O que questionamos é a forma da Prefeitura”.

Divisão da pobreza – O vereador Bira Pereira (PSB), de João Pessoa, não se conforma com o apetite dos legisladores de criar municípios. “A Paraíba, que já é pobre, não suporta mais cidades”.

Preparativos – O deputado Romero Rodrigues (PSDB) sugeriu convênio do Governo Federal com a Paraíba. A idéia é garantir verbas para a chegada das águas do Rio São Francisco.

Ausências – De toda a bancada governista, somente Branco Mendes (DEM) prestigiou a retomada das obras do Centro de Convenções. Os demais governistas nem deram sinal de vida.

PINGO QUENTE – “Estamos bem apesar dos profetas do apocalipse e das aves de mau agouro”. Do prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), em recado com endereço certo.


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