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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

O que fazer?

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publicado em 16/03/2011 às 07h44

Basta uma incursão rápida pelos dados para perceber a curva crescente da violência na Paraíba. Antes dos anos 2.000, a taxa de homicídios não passava da casa dos 13 para cada 100 mil habitantes, estatística que já chegou a 33. Em 2001, por exemplo, foram registrados 484 assassinatos. Nove anos depois, esse número saltou para 1.485.

Levantamento do professor José Maria Nóbrega, da Universidade Federal de Campina Grande, revela um aumento de quase 160% das mortes na Paraíba. Cerca de 77% das vítimas são pessoas entre 15 e 39 anos de idade. Os jovens são os principais alvos e representam 39% dos óbitos. Nossa juventude morre mais cedo em conseqüência da dependência das drogas, na maior parte dos casos.

Entre as explicações para a explosão da violência na Paraíba está a migração do crime. O ex-secretário Pedro Adelson lembra que Rio de Janeiro e São Paulo investiram muito no combate a criminalidade. A falta de harmonia das políticas de segurança pública entre os demais Estados facilitou o deslocamento da violência para o Nordeste.

A solução exige reflexões e ações profundas. As brechas da legislação, geradoras da sensação de impunidade, o desmantelamento e ineficiência do sistema prisional, a ausência do Estado nas comunidades carentes são problemas que devem ser atacados sem demora, antes que os efeitos sejam incuráveis.

A cultura de paz precisa virar tema de primeira ordem na nossa sociedade. Afinal, não é só polícia quem faz segurança. A paz começa dentro da gente.

Pacificadores – O MovPaz, a Maçonaria e a Associação dos Peritos, iniciam amanhã Seminário de Formação de Agentes Pacificadores, na Escola Viva Olho do Tempo, em Gramame.

Isolado – O secretário de Segurança Pública, Cláudio Lima, criticou a atitude do Ministério Público de isoladamente criar um programa de prevenção à violência em Mandacaru.

O PTB, o impasse e o convite a quem tem mandato – Enquanto Carlos Dunga, Armando Abílio e Fábio Tyrone brigam pelo comando do diretório estadual do PTB da Paraíba, a direção nacional do partido quer entregar a legenda a quem tem um atributo essencial na lógica petebista: um voto na Câmara dos Deputados. Ruy Carneiro (PSDB) foi sondado, mas ainda não deu resposta.

Líder elogia Maranhão – Em entrevista ao Correio Debate (rádio), o líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), reconheceu as qualidades do ex-governador José Maranhão, mas revelou desconhecer data definida para nomeação do peemedebista em cargo federal.

Parceria com o PMDB – A propósito, Humberto minimizou estremecimentos nas relações do Planalto com os peemedebistas. Exemplificou o engajamento dos senadores do PMDB paraibano nos projetos de Dilma Roussef, citou Vitalzinho e quase esqueceu o nome de Santiago.

Cheque Funeral – A Oposição na Assembléia Legislativa pegou no pé do Governo ontem e voltou a cobrar a lista dos beneficiados do Chefe Funeral, no que foi prontamente atendida.

Carpideiras – Setores do Governo cogitam divulgação da relação dos defuntos vips durante coletiva no Cemitério da Boa Sentença. Alguma viúva teria coragem de ir ao ato “fúnebre”?

Contraditório – O deputado Luciano Cartaxo (PT) viu nas nomeações de cinco mil comissionados uma contradição do Governo ao discurso de falência e dificuldades financeiras da máquina.

Praxe – Coube ao deputado governista Domiciano Cabral (DEM) rebater o rival petista. “São substituições que acontecem em todos os Governos. Isso é normal. É uma praxe”.

Bico aberto – A neo tucana vereadora Eliza Vírgina procurou mostrar serviço na sessão de ontem. “Não sou de calar o bico como alguns que ficam de boca aberta esperando comida”.

Vela – O assédio do PR e agora do PP ao presidente da Câmara de Campina Grande mostra que a relação entre Nelson Filho e a presidente do PRP, Maria da Luz, anda apagada.

Lei do canudinho – O vereador Geraldo Amorim (PDT) se imiscui em grandes temas, mas também mete a colher na miudeza. Propôs Lei que obriga embalagem em canudos nos bares da Capital.

Bolada – O deputado Wilsinho Filho é um menino prodígio. Segundo o Congresso em Foco, o patrimônio do pupilo (R$ 4,8 mi) já superou e muito o do veterano pai (R$ 700 mil).

Interlocutor – Na solenidade de posse, o deputado Hervázio Bezerra (PSDB) confessou que o responsável pela sua aproximação com o governador foi o secretário Nonato Bandeira.

Medidas – O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), anuncia na próxima terça-feira intervenções de impacto no trânsito, entre elas o alargamento da Epitácio Pessoa.

PINGO QUENTE – A política que nos desuniu foi a mesma que nos uniu”. Do deputado Hervázio Bezerra (PSDB) sobre a pacificação com o governador Ricardo Coutinho, após longo período de “guerra”.


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