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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

À deriva

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publicado em 14/04/2011 às 09h07

Pode até ser mera impressão. Mas os últimos fatos deixam nítido o esfacelamento e completa falta de rumo das oposições nas câmaras das duas maiores cidades da Paraíba. Na Capital, embalada pelos efeitos do Maranhão III, a Oposição viveu recente apogeu e chegou até a ameaçar a maioria do prefeito Luciano Agra. Só foi o PMDB perder o Governo para o quadro sofrer rápida reversão.

Em Campina Grande, o prefeito Veneziano, que comeu o pão que o diabo amassou sem maioria, consolidou este ano situação confortável na Câmara. A Oposição, antes suprema e ferrenha no combate ao “Cabeludo”, encolheu com as adesões. E todo dia não cessam as especulações em torno de novos desertores.

O cenário é conseqüência de relativa orfandade de estrutura política local. Cássio tem priorizado cuidados com a pendenga jurídica e Rômulo está mais preocupado com o PSD e seu fortalecimento partidário. Romero Rodrigues, focado no mandato federal, só deve agir com mais vigor no ano vindouro, após as bênçãos do clã.

Em João Pessoa, a Oposição também tem enormes dificuldades de se auto-afirmar. Falta aos integrantes da resistência um timoneiro capaz de guiar a tropa. Dá pra sentir até nos movimentos dos parlamentares oposicionistas na Câmara a falta de sintonia e a carência de um líder inspirador de um projeto político consistente. Por isso não causa nenhuma surpresa quando o náufrago vereador Mangueira (PMDB) vem a público comparar o portentoso PMDB pessoense ao Titanic.

Referendo – Do secretário Nonato Bandeira sobre a aprovação popular de 57% ao Governo. “Essa pesquisa é a aprovação do povo a quem trabalha e não usa de mentiras para iludir”.

Nível de confiança – Os números da pesquisa Opinião/Arapuan revelam que 74,7% dos paraibanos acreditam num futuro melhor até o final do mandato do governador Ricardo Coutinho (PSB).

Bola fora na Câmara – Ao invés de cobrar explicações e de fazer pleitos públicos ao prefeito, a bancada da Oposição em João Pessoa achou mais republicano deixar o plenário da Casa e dá as costas ao chefe do Executivo. Todos os questionamentos sobre protocolo formal poderiam ter sido feitos de viva voz dentro do plenário. Seria mais civilizado.

As razões da deselegância – O líder da Oposição, Fernando Milanez (PMDB), expôs os motivos da bancada. Condenou a suposta “visita surpresa” de Luciano Agra ao parlamento pessoense. “Você já viu um presidente fazer uma visita surpresa ao Congresso”?

Protocolada – O secretário de Articulação da Capital, Dunga Júnior (PTB), garantiu à coluna que comunicou oficialmente ao presidente da Câmara a ida do prefeito ao Legislativo. “Eu acho uma atitude muito pequena para um legislativo tomar”.

Faz parte – O prefeito Luciano Agra (PSB) não quis faturar com o episódio. Se resumiu a lamentar a ausência. “Pra mim não importa. Faz parte do jogo democrático”.

Piada – Após boicotar sessão para evitar a presença de Agra, a bancada oposicionista agora quer trazer por convocação o prefeito que foi ao plenário de forma expontânea.

Proibido cochilar – Zé Lacerda até tentou participar da festa do PSD. No saguão do Castro Pinto, o ex-deputado adormeceu e perdeu o vôo. A viagem à Brasília virou sonho.

Qualificação – Entre as prioridades apresentadas pelo Governo à bancada federal, a política de construção de 20 escolas profissionalizantes merece atenção especial.

Inquisição – O deputado Frei Anastácio (PT) exagerou ao acusar o prefeito Renato Mendes de “maracutaia” por desapropriar 42 hectares de assentamento rural em Alhandra.

Freio – Branco Mendes (DEM) puxou a batina do frade. “Vou trazer toda documentação para demonstrar que a instalação da fábrica de cimentos obedece a legalidade”.

Consulta caseira – Não foi à toa que a vereadora pessoense Raíssa Lacerda arriscou deixar o DEM. Escaldada, ela fez uma consulta com advogado de confiança. O marido.

Inadimplentes – Recado do presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, para as grandes empresas em débito com a Companhia: quem não pagar terá o fornecimento cortado.

Dia 28 – Os deputados-jogadores Romário (RJ) e Danrley (RS) confirmaram presença no jogo beneficente da Apae, de Campina, a convite do tucano Romero Rodrigues.

Chateado – O prefeito Marcos Pereira saiu amuado da coletiva de Ricardo em Sousa. Esperava e não ouviu o anúncio da construção da estrada Vieirópolis até a PB-387.

PINGO QUENTE – “Foi apenas uma cortesia”. Do vice Rômulo Gouveia sobre presença de Romero Rodrigues na festa do PSD.


* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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