Para os profetas do apocalipse parece que 2015 será um ano “coisado”. Tirando a expressão bem popular e derivada do dicionário “tiririquês”, atravessaremos um ano de desafios e principalmente de oportunidades. Sabe-se que gerir em tempos de abundância, excesso de recursos e fomento governamental é muito bom, fácil até demais. No entanto, quando as condições elencadas, acima, não são favoráveis é que realmente conhecemos os gestores, sejam públicos ou privados.

Acredito que devemos buscar as oportunidades não aproveitadas nesses quase 4 meses de 2015, levantar os nichos de mercados que não foram ocupados e investir em situações, nas quais o volume de recursos seja capaz de gerar maior sustentabilidade para o negócio. Em relação aos empregos, a situação é preocupante. A Paraíba perdeu só nos dois primeiros meses de 2015, 2.243 postos de trabalhos formais, enquanto Rio Grande do Norte e Pernambuco, respectivamente, tiveram uma retração de -5.122 e -23.589. No acumulado dos últimos 12 meses ficam com incremento, Paraíba 11.102 e Rio Grande do Norte 2.763, ao tempo que Pernambuco teve uma redução de -33.714. Situação que de certa forma impacta na região.

Nessa linha de pensamento é necessário apreender as vocações, trabalhar de maneira profissional os rumos das cadeias produtivas estaduais, aliado às oportunidades regionais, como é o caso da prestação de serviços e do comércio. Aparentemente vê-se, no dia a dia, cada vez mais pessoas optando por João Pessoa para morar, basta ver o índice de aprovações de pessoas externas nos concursos, e com o fortalecimento do polo agroindustrial que envolve Goiana-PE e Caaporã/Conde/Alhandra-PB, vários dos trabalhadores escolheram morar em nossa capital.

No entanto, vou centrar minhas observações naquilo que vejo ser mais fácil, principalmente para que esses se fixem aqui, e gerem oportunidades para a cidade de João Pessoa e toda a região metropolitana. Nesse sentido faz-se necessário terem todas as condições para se estabelecerem. Daí ser tão importante o investimento em melhoria dos setores do comércio e serviços no nosso estado. Exemplo: precisamos ter as melhores escolas em toda a cadeia da educação básica, média e superior. Incluindo aqui ensino de línguas, notadamente inglês, espanhol, italiano, alemão entre outros. Atividades físicas, lazer e cultura, ou seja, aquelas que despertam o cidadão mais completo e o formam como pessoa, não apenas, como profissional. Bons serviços de bares e restaurantes, aliado a equipamentos turísticos, de lazer e entretenimento também são necessários nesse cenário. É fundamental para a nossa capital aproveitar esse bonde da história e usufruir das oportunidades.

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