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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Precipitação

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publicado em 29/04/2011 às 07h49

Nem os governos socialistas estão imunes aos apelos e queixas dos segmentos representativos das categorias do funcionalismo público, mas as manifestações grevistas deflagradas neste começo de ano na Paraíba apenas depõem contra os próprios grevistas pela precocidade dos movimentos.

Foi assim com a greve da Polícia Militar. Amparados na famosa PEC 300, flagrantemente ilegal e aprovada nas vésperas de um segundo turno, setores da PM forçaram a barra e decidiram por uma mobilização em pleno período do carnaval, a pretexto de impulsionar a pressão contra o governador.

O resultado todos sabem. O movimento sucumbiu na mesma velocidade da sua gestação e foi asfixiado pela rejeição e desaprovação da opinião pública paraibana, que percebeu rapidamente as questionáveis motivações. A greve morreu como já nasceu morta a escandalosa PEC da Salvação.

Agora os professores da rede estadual ameaçam paralisação. Eles cobram o pagamento do piso nacional do magistério. O pleito do piso nacional é justo. E o Governo deve cumprir o que é legal. Nesse caso, a crise não cabe como argumento. Anteontem, os funcionários da UEPB paralisaram, mesmo contra a reitora Marlene Alves, para quem a instituição deve compreender o momento delicado do Estado.

É legítimo a todas as categorias expressar insatisfação. Porém, é bom atentar para um aspecto. Não parece sensível aos olhos da razão a conflagração de greve no quarto mês de uma gestão que cortou até duodécimo dos poderes para se ajustar a LRF.

Compreensão –
Cássio Cunha Lima (PSDB) deu outro gesto. Publicamente acatou as razões do governador Ricardo Coutinho não patrocinar o São João de Campina Grande este ano.

Politização –
O tucano foi além. Condenou a politização do tema. “Não acho bom disputa política envolvendo o São João. Ricardo não tem culpa da situação financeira que encontrou”.

Agripino, o PSD e a manobra federal –
Em solo paraibano, o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, atribuiu a uma manobra a criação e fundação do PSD de Gilberto kassab ao Palácio do Planalto. O potiguar acunhou: “É uma tentativa de esvaziar a Oposição. Não tenho dúvidas. O Governo está mandando gente para engordar esse novo partido”.

Fusão –
Em entrevista ao Correio Debate (rádio), José Agripino descartou a possibilidade de fusão do DEM com o PSDB. O democrata negou que o assunto tenha sido ventilado entre as cúpulas partidárias, “até porque não dava tempo”. Morre pelo prazo.

Na jugular –
Apesar de jovem, o deputado federal baiano ACM Neto (DEM) esbanja perspicácia e malícia política. Mandou ver nos ex-democratas que trocaram o partido pela nova sigla. “Quem saiu é porque não tinha respeito pelo DEM e nem princípios partidários”.

No Sertão –
Os aliados do governador em Marizópolis se preparam para recebê-lo neste sábado, onde Ricardo entrega casas. Vão entregar um documento com pleitos da cidade.

Jogo –
O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) pediu audiência a Cássio para interceder pelo São João de Campina. Precavido, Cássio avisou: “Não estou disposto a fazer jogo de cena”.

Sintoma –
Não precisou nem de ressonância para identificar a patologia que levou o deputado Caio Roberto a falar em “caixa preta” na Assembléia. Síndrome do Interesse Contrariado.

Curto-circuito –
Não foi muito cordial recente diálogo de um prefeito do litoral paraibano com autoridade do meio ambiente da Paraíba. Um dos dois quase entrava em extinção.

Maneiro –
O prefeito Luciano Agra (PSB) conseguiu com habilidade e bom senso estancar a greve dos professores. Fez ponto com a categoria e com a imagem de gestor conciliador.

Afinados –
Em leve café da manhã em Recife, Cássio Cunha Lima e o governador Eduardo Campos discutiram anteontem vários temas. A posse no senado entrou na pauta.

A favor de Chico –
O apoio a Chico César veio de um emblemático defensor da cultura brasileira, Ariano Suassuna. “É papel do Estado oferecer condições aos verdadeiros artistas”.

Suplentes –
Comentário do suplente no exercício do mandato Assis Quintans (DEM) sobre a decisão do Supremo. “Foi equilibrada e valorizou quem realmente tem voto”.

Efeito colateral –
Ao polemizar com os números, Veneziano sem querer conseguiu o que até aliados governistas tinham certa dificuldade: Cássio e Ricardo se aproximaram mais.

Vené com Maranhão –
Ao mesmo tempo, em Campina, na reinauguração do Teatro Severino Cabral, Veneziano rasgou elogios e puxou ruidosa salva de palmas ao ex-governador Maranhão.

PINGO QUENTE – “Sai um craque, surgem outros”. Do ex-governador Cássio sobre o “empréstimo” do volante Rômulo ao time que jogará no campo de Dilma.


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