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NA TESOURARIA

PT escolhe novo substituto para Vaccari

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publicado em 17/04/2015 às 17h38
atualizado em 17/04/2015 às 14h42

O Diretório Nacional do PT definiu nesta sexta-feira, em reunião em São Paulo, o nome do novo tesoureiro do partido, que substituirá João Vaccari Neto, preso desde quarta-feira na carceragem da Polícia Federal no Paraná. O cargo será ocupado por Márcio Macedo, ex-deputado federal por Sergipe e ex-presidente da sigla no Estado. Macedo concorreu novamente à Câmara no ano passado, mas não conseguiu se eleger.

“Um grande parlamentar é o nome certo para a hora certa”, afirmou o deputado José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara. A escolha por um nome pouco conhecido se dá justamente no momento em que o partido tenta tirar de si o foco das investigações da Operação Lava Jato. Macedo integra a corrente majoritária do partido, Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma do ex-presidente Lula e do presidente da legenda, Rui Falcão. É também o grupo a que pertence Vaccari.

O agora ex-tesoureiro do PT é acusado de ser o operador de propinas pagas por empreiteiras do petrolão como doações oficiais ao PT e também usadas para quitar débitos com uma gráfica mantida por sindicalistas do partido, entre eles um deputado estadual petista. O Ministério Público Federal também encontrou indícios de enriquecimento ilícito da mulher e da filha de Vaccari.

O partido agora pretende virar a página o mais rapidamente possível em relação ao envolvimento de Vaccari nos desvios da Petrobras e da Sete Brasil, revelados pela Lava Jato. De acordo com a estratégia traçada pelo ex-presidente Lula e por Rui Falcão, a ordem é “tocar a vida para frente” e deixar o caso nas mãos do advogado de Vaccari – sem, no entanto, virar as costas para o companheiro preso. Há um temor de que ele faça acordo de delação premiada caso se sinta pressionado pelos investigadores.

Internamente, porém, a prisão do tesoureiro continua repercutindo mal. Durante reunião da Executiva Nacional do PT na quinta-feira, também em São Paulo, dirigentes avaliaram que a Lava Jato atingiu em cheio o partido no momento em que tanto o PT quanto o governo Dilma Rousseff se preparavam para reagir à crise política.

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