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Japão suspende buscas por risco de nova erupção vulcânica no Monte Ontake

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publicado em 30/09/2014 às 08h57

As operações para resgatar as ao menos 24 vítimas de parada cardíaca e respiratória que estão perto do cume do vulcão do Monte Ontake, região central do Japão, voltaram a ser suspensas nesta terça-feira (30) devido ao risco de novas erupções.

Cerca de 800 homens da polícia, bombeiros e do Exército estão envolvidos nas operações de resgate. Até o momento, a polícia confirmou 12 mortes em decorrência da erupção vulcânica de sábado (27). Outras 69 ficaram feridas.

O vulcão – o segundo maior do país com 3.067 metros de altura – começou a expelir fumaça, cinzas e rochas na madrugada de sábado. Centenas de turistas faziam caminhada perto do local no momento da erupção, mas a maioria conseguiu deixar a área ou foi retirada com a ajuda de helicópteros militares.

Na segunda, mais cinco corpos foram encontrados perto do vulcão elevando o número de mortos para 36, de acordo com a polícia, enquanto gases tóxicos e cinzas forçam profissionais do resgate a diminuir os esforços em recuperar vítimas.

A polícia disse que as últimas vítimas foram encontradas perto do cume da montanha, a mesma área onde outras vítimas teriam sido resgatadas. A rede de TV japonesa TBS mostrou soldados carregando sacos com corpos um por um para um helicóptero militar que havia pousado em uma área relativamente perto da agora paisagem sombria japonesa, com suas hélices ainda girando.

Os corpos foram levados para um campo de atletismo nas proximidades, as colinas arborizadas contrastando com o pico cinza do Monte Ontake ao fundo. Os corpos foram levados para uma pequena escola primária de madeira na cidade vizinha de Kiso, onde estavam sendo examinadas no ginásio. Os familiares dos desaparecidos esperavam em um salão municipal nas proximidades.

Mais de 200 soldados e bombeiros, incluindo unidades com equipamentos de detecção de gás, compunham parte da missão de buscas perto do pico, disse Katsunori Morimoto, um funcionário na aldeia de Otaki.

O esforço foi interrompido devido a um aumento no gás tóxico e cinzas enquanto o vulcão continua a expelir fumaça, disse ele.

"Parece que há uma enorme cinza caindo lá de cima", disse ele. As equipes de resgate relataram um forte cheiro de enxofre, Morimoto disse.

A erupção de sábado foi a primeiro fatal nos tempos modernos na montanha de 3.067 metros, um destino de escalada popular a 210 km a oeste de Tóquio. A erupção mais recente havia ocorrido em 1979, mas ninguém morreu.

A imprensa japonesa informou que alguns dos corpos foram encontrados em uma pousada perto do cume e que outros estavam sob cinzas de até 50 centímetros de profundidade.

O monte entrou em erupção pouco antes do meio-dia de sábado, talvez no pior momento possível, já que ao menos 250 turistas aproveitavam o bom tempo para fazer caminhada. A explosão expeliu grandes plumas brancas de gás e cinzas para o céu, bloqueando o sol do meio-dia e cobrindo os arredores de cinzas.

Centenas ficaram inicialmente presas nas pistas. Cerca de 40 ficaram retidos durante a noite e conseguiram descer no domingo. Muitos ficaram feridos e alguns tiveram de ser resgatados por helicópteros ou transportados em macas.

De acordoc om a Agência de Gestão de Desastres japonesa, houve 40 feridos, incluindo três em estado grave.

Sobreviventes disseram aos meios de comunicação japoneses que estavam sendo atingidos por rochas da erupção. Um homem disse que ele e outros foram para o porão de uma loja, temendo que as rochas atravessassem o telhado. Ele disse que se cobriu com um colchão fino para se proteger.

IG

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