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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

O perigo da radicalização

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publicado em 31/05/2011 às 07h34

Claro e evidente que os professores merecem melhor salário e condição digna de trabalho. A categoria forma talvez a mais importante de todas as profissões. É fruto dos ensinamentos dela a formação de engenheiros, advogados, jornalistas, enfermeiros, médicos e tantos outros profissionais tão necessários ao cotidiano da vida da gente.

Mas os líderes do movimento grevista paraibano, na luta pelo justo, têm cometido exageros. Greve no quarto mês de Governo já é no mínimo precoce e coloca sob suspeita a real motivação da paralisação em tão curto espaço de tempo.

Se a causa é o piso nacional, a gestão estadual já chegou ao patamar com a criação de uma bolsa, sob o compromisso de implantar uma nova GED, tão logo o Estado se ajuste a Lei de Responsabilidade Fiscal, cujo desajuste não deve ser debitado na conta do atual Governo, porque é conseqüência de recente e conhecido passado.

As cenas de pugilato ontem no Palácio foram deprimentes. Para ambos os lados, é verdade. Mas não havia necessidade da ocupação, principalmente quando a categoria já conquistou avanço na negociação ao garantir aumento real no contracheque.

No entanto, o radicalismo de setores do magistério não chega nem perto da gravidade da chantagem eleita pelos cirurgiões do Trauma para barganhar com o Governo. O mais difícil (R$ 1 mil por plantão), eles já conseguiram. E a greve continua.

Desse jeito, estas categorias correm o risco de provar do efeito colateral da intransigência. Atenta, a opinião pública verá que a greve perdeu o sentido. Deixou de ser contra o Governo para ser contra o povo, o patrão do serviço público.

Corte de ponto –
O secretário da Administração, Gilberto Carneiro, garante que dos 10.434 professores, só 1.737 tiveram ponto cortado, apesar dos relatos de cortes até do pessoal de apoio.

Baixa adesão –
Segundo levantamento do Governo, a greve dos professores conta até agora com adesão de apenas 15% da categoria e mesmo assim se concentra em João Pessoa e Campina.

O equívoco da coluna e o pedido de desculpas –
Detesto injustiça, por isso me penitencio pelo equívoco da coluna do último domingo, reiterado ontem. Irônica frase contra a secretária Roseana Meira (o estilo dela levou os médicos a se unirem) atribuída ao cirurgião Emerson Medeiros, na verdade partiu do médico Aristávora Fernandes, que reiterou as críticas ontem na reunião do CRM.

Troca de nomes –
Doutor Emerson foi citado, indevidamente, duas vezes na coluna, baseado em depoimento de dois jornalistas, merecedores de todo o crédito, mas que, devido ao tumulto na reunião do CRM da última sexta, confundiram os nomes dos médicos.

Ponderação e equilíbrio –
Em contato com o colunista, o próprio secretário de Saúde, Waldson Souza, atestou a serenidade e a prudência do cirurgião Emerson Medeiros, a quem classificou como um dos mais ponderados e equilibrados integrantes da comissão dos grevistas do Trauma.

Disciplinado –
O vice-governador Rômulo Gouveia deu uma pausa de três dias nas atividades políticas esta semana para se concentrar nas provas do curso de Direito. “Não quero ir pra final”.

Vice –
Tem pétala no coletivo girassol defendendo o nome de uma mulher na vice do prefeito Luciano Agra. Por coincidência, também uma qualificada técnica. Igual a Agra.

Dificultou –
A segurança da Assembléia foi reforçada depois que o deputado Edmilson Soares (PSB) assumiu a presidência. Os pedintes agora estão tendo que despachar nos gabinetes.

De olho na vaga –
Os corretores de imóveis de João Pessoa acham que chegou a hora de ter um representante na Câmara. Rômulo Soares (PSC), do Creci, é o nome de consenso.

Pró e contra –
A neutralidade do deputado Ruy Carneiro que facilita o trânsito no Pacto pela Paraíba é a mesma que anula o tucano em indicações no Governo e em cargos federais.

Tá chegando –
Em cinco meses, o Governo baixou 6% dos gastos com a folha. O índice caiu para 52%. A torcida agora é pelo incremento da receita para se chegar ao limite da LRF.

Vou não…  –
O Major Fábio (DEM) até ouviu o conselho do presidente do DEM, Efraim Morais, mas mandou dizer ao ex-senador, via portal MaisPB, que não seguirá as recomendações.

… Sigo não –
Fábio descartou entrar na disputa por uma vaga na Câmara de João Pessoa e reiterou a pré-candidatura a prefeito se apresentando como o ‘novo’. “Sou candidato”.

Na madrugada –
O sol ainda não tinha raiado e lá estavam Alexandre Almeida, do PT de Campina, e o vereador Bira, do PSB, cantando de galo no terreiro do Acorda Paraíba (Correio Sat).

Questão de ótica –
Bira criticou a ausência de Veneziano no lançamento do Pacto pelo Social. Alexandre reclamou da intempestividade do convite do Governo. Os dois estão certíssimos.

PINGO QUENTE – O Governo de Ricardo não tem coração”. Do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) sobre o impasse nas negociações do Governo com grevistas.

 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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