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ÀS 13h48, aqui não, Roberto!

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publicado em 01/04/2015 às 14h54

O empresário Roberto Cavalcanti fez publicar, neste domingo, aqui no Correio, mais um de seus marcantes artigos que tanto tem chamado a atenção de tantos para reflexões e… até reposicionamentos.

Desta feita reportou-se a “Perda de tempo” para demonstrar o quanto, aqui no Brasil, os horários são descumpridos, seja para o início de qualquer evento (se solenidade no âmbito do poder público, aí, sim, a demora é maior!…), seja na realização de shows, seja até para o começo de uma reunião ou encontro de trabalho mesmo que no setor privado.

A propósito destes atrasos, tão “normais” aqui no Brasil, há quem diga que isto é característico de “povo subdesenvolvido”, como a justificar sermos menos desenvolvidos porque “estamos sempre atrasados”.

Pois, bem! Utilizando-se de forma bem didática para chamar a atenção e conscientizar aos brasileiros quanto à necessidade de mudança nessa cultura do “atraso”, Roberto Cavalcanti destaca a extensão do respeito à pontualidade prevalecente no Japão.

E aí ele, Roberto, apontando o quão sãoinsinuadores de desrespeito os horários convencionais ou horários cheios (“10 horas, 10 e 30” etc) que adotemos “daqui por diante os horários fracionados, como, por exemplo, 13h48 ou 9h54”. Isto, conforme enfatiza, cria “a clara noção de que o tempo será valorizadoe observado minuto a minuto”

Tem razão Roberto Cavalcanti mais uma vez e especialmente nessasua conclamação para que todos atentemos quanto ao valor do tempo. Mas, permita-nos ponderar de que muitas vezes chegamos atrasados não por conta de nossa “cultura do atraso”. Os atrasos têm ocorrido, também, porque, seja deslocando-nos em carro particular, seja de ônibus do transporte coletivo, “o trânsito nosso de cada dia” tem sido o principal responsável pelos descumprimentos de agendamentos marcados.

Por isso, sugerimos a Roberto Cavalcanti que, para nosso próximo encontro, que certamente acontecerá brevemente, não cheguemos ao rigor de um horário tipo “13h48”, não! Horário assim, como ele próprio já disse, chama a atenção de que “o tempo será observado minuto a minuto”. Marquemos para 13h50… insinua que não pode ultrapassar, seu início, das 14h. Quer dizer: se lá no Japão “a tolerância de espera máxima é de 5 minutos”, aqui, brasileiramente, se criarmos a cultura de atraso máximo de 10 minutos, já significa um avanço excepcional!  Já bem diferenteda cultura hoje prevalecente de que “só foi uma horinha de atraso”.

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