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Abrigo na Tanzânia protege meninas de ‘temporada de mutilação’

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publicado em 01/04/2015 às 14h41
Foto: BBB

Meninas em algumas partes da Tanzânia são frequentemente forçadas a se submeter à mutilação genital feminina (FGM), ainda que a prática seja proibida por lei. Muitas não têm para onde fugir. Até agora. Um refúgio foi criado no norte do país para oferecer proteção às meninas que fogem.

“Meus pais me disseram que eu deveria ser mutilada porque tinha terminado minha educação primária e atingido a maturidade. Queriam que eu me casasse, mas eu disse que não. Isso enfureceu o meu pai”, conta Veronica, uma menina de 14 anos.

Ela fala rápido, quase sem respirar.

“Meu pai começou a me dar surras. Decidi fugir. Ele dizia que com a FGM eu teria um maior dote. Seriam cinco vacas, que meu pai venderia para mandar meu irmão para uma escola particular”.

“Pedi que ele me deixasse ao menos continuar meus estudos, pois aí poderia ter uma carreira bem-sucedida e ajudar a família. Minha mãe tentou me ajudar, mas isso enfureceu meu pai tanto que ele desferiu uma série de socos e chutes nela”.

G1

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