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Mercúrio

Europa e EUA preparam missões espaciais ‘para o Inferno’

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publicado em 30/03/2015 às 17h38
(Foto: Nasa)

Solar Orbiter e Solar Probe Plus serão enviadas para entrar na órbita de Mercúrio com o objetivo de estudar o Sol.
De lá, a temperatura na superfície frontal desses satélites vai ultrapassar as centenas de graus. Seria possível dizer que essas missões são, literalmente, “missões para o Inferno”.

Projetar um sistema seguro para proteger as naves para resistirem a temperaturas tão altas é algo que tem dado trabalho aos engenheiros.

Eles precisam de algo que funcione como um “escudo de calor”. Para o Solar Orbiter, da Agência Espacial Europeia, a solução é usar titânio. Para o Solar Probe Plus, da Nasa, o material deverá ser composto por carbono.

Os instrumentos dos dois satélites terão de se esconder por trás dessas barreiras para fazer as medições que os cientistas esperam na tentativa de desvendar alguns dos maiores e mais duradouros mistérios do Sol.
As duas missões parecem estar progredindo.

A Nasa já escolheu o foguete para lançar o Solar Probe Plus. Um poderoso Delta-IV Heavy – o maior foguete do mundo – vai lançar esse satélite de 610 quilos em direção ao Sol no fim de 2018.

E a indústria europeia – pela Airbus Defence and Space – anunciou que conseguiu produzir o que chamou de “modelo estrutural e térmico” do Solar Orbiter.
Seria como uma cópia do satélite, com instrumentos representativos. Ela será aquecida, submetida a explosões de sons e receberá impactos em uma simulação para testar seu design.
Se a cópia do satélite sobreviver a tudo isso, os engenheiros saberão que tipo de modelo também resistiria às condições extremas que irão encontrar no ambiente espacial.

Esta não é a primeira missão solar – já houve algumas nos últimos anos. A nave espacial americana DSCOVR foi a última, lançada em fevereiro.

Mas a maioria desses satélites não se aventurou muito longe, preferindo estudar o “inferno” do Sol de uma distância segura, como a da órbita da Terra.

BBC

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