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Suspeito de realizar aborto se entrega, mas não fica preso por causa de lei

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publicado em 01/10/2014 às 15h12

O falso médico, suspeito de ter realizado o aborto em Jandira Magdalena dos Santos, de 27 anos, único envolvido no caso que ainda estava foragido, se apresentou na 35º DP (Campo Grande), na manhã desta quarta-feira (1º), mas não pode ser preso devido a Lei Eleitoral. Segundo a legislação, à exceção de situações de flagrante ou definidas, prisões não podem ser realizadas cinco dias antes de eleições.

A Polícia Civil informou que, Carlos Augusto Graça de Oliveira apenas prestou depoimento e foi liberado.

Jandira desapareceu depois de procurar uma clínica de abortos na Zona Oeste da cidade. A jovem tinha 27 anos e estava grávida de quatro meses. Jovem decidiu abortar por ‘desespero’

Jandira saiu de casa pela última vez no dia 26 de agosto. Segundo Maria Ângela Magdalena contou que a filha estava com cerca de 12 semanas de gestação e que teria decidido abortar por "desespero".

"A gente é muito unido. Eu sabia [que ela estava grávida] e queria muito. Doze ou treze semanas. Ela estava muito preocupada, no desespero mesmo. Tanto que ela confiou na primeira pessoa que apareceu", disse a mãe logo após a sumiço da jovem. Ainda segundo Ângela, Jandira pagou R$ 4,5 mil para fazer o aborto.

No dia 27 de agosto o corpo carbonizado, sem as digitais e a arcada dentária, foi encontrado dentro de um carro em Guaratiba, na Zona Oeste. De acordo com a Polícia Civil, um exame comprovou a compatibilidade genética entre o corpo encontrado no carro e a mãe de Jandira. Ela foi enterrada no último domingo (1).

Cinco indiciados pelo crime

Cinco pessoas já foram indiciadas pelo crime, como informou o delegado Hilton Alonso, da 35ª DP (Campo Grande). O Tribunal de Justiça do Rio negou o habeas corpus aos donos da casa onde teria ocorrido o aborto da auxiliar administrativa Jandira Cruz.

Até esta quarta-feira (24), estavam presos Vanuza Vais Baldacine, que segundo os investigadores era a motorista da quadrilha; Rosemere Aparecida Ferreira, apontada como a chefe da quadrilha, já que era ela quem recebia o dinheiro e marcava as consultas e pagava o restante da equipe; o ex-marido de Rosemere, o policial civil Edilson dos Santos, segurança do grupo; além de Marcelo Eduardo Medeiros, que aluga o imóvel para clínica clandestina; e Mônica Gomes Teixeira, que recepcionava as clientes.


G1

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