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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Ricardo e Cássio: cadê a terceira força?

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publicado em 28/03/2015 às 09h37
atualizado em 28/03/2015 às 06h39

Os espaços de Ricardo Coutinho e Cássio Cunha Lima estão delimitados. Um no comando do governo e o outro liderando a oposição. Essa bilateralidade mutiladora das demais forças que ensaiaram participação na disputa, confirmada na campanha de 2014, volta à estaca zero.

A pergunta é: na atual conformação, quem tem condições e disposição de aparecer e ocupar o terreno de terceira força no tabuleiro político paraibano? A questão é complexa e prematura de análise mais depurada e segura. Futurologia à parte, não se vê com clareza um candidato a ocupar o posto.

O primeiro nome a ser lembrado é o do prefeito Luciano Cartaxo. O próprio cargo de comando da maior cidade do Estado lhe dá projeção e estrutura para se afirmar no posto, não fosse o atrelamento ao governador Ricardo Coutinho. De líder estadual independente, Cartaxo passou a satélite com a aliança em 2014.

Veneziano Vital, nome sufocado na eleição passada pela polarização Cássio e Ricardo, também passou a se encaixar nesse perfil. Carismático e dono de notável liderança a partir de Campina Grande, também saiu de contraponto estadual à figura coadjuvante no grupo girassol.

No conforto do Senado, José Maranhão nem tem mais aspiração e nem fôlego para topar novos enfrentamentos. Deve encerrar a sua vitoriosa carreira política em Brasília. A atual conjuntura não emite o menor sinal de que terá voz ativa no debate estadual. Aliado a Ricardo, tende a atrofiar sua musculatura.

Ou seja, Coutinho e Cunha Lima desfilam no primeiro time da política paraibana sem qualquer ameaça de perda dos títulos de maiores lideranças do Estado, na atualidade, e nem de ao menos correrem o risco de ter suas luzes ofuscadas. Por enquanto, não há nenhum movimento ‘novo’ que ameace a ‘velha’ polarização.

Levando na… – O líder do governo, Hervázio Bezerra (PSB), se saiu do curto-circuito da crise entre os colegas de partido, Ricardo Barbosa e Estela Bezerra, em tom de brincadeira.

…Esportiva – “A oposição está tão esmorecida que foi preciso ter um ruído entre a nossa própria bancada para ter um assunto”, esnobou Hervázio, criticando a bancada adversária.

Cássio responsabiliza Dilma – O senador Cássio Cunha Lima (PTB) voltou à carga, ontem, na tribuna: “Não foram os trabalhadores e assalariados brasileiros que jogaram o Brasil na recessão. Se existe um responsável pela recessão que estamos enfrentando, essa responsabilidade é da presidente Dilma Rousseff, do PT”, acossou o tucano, em pronunciamento.

Fogueira – O deputado Veneziano Vital (PMDB) diz que a Prefeitura de Campina Grande “cria uma cortina de fumaça” ao lançar dúvidas sobre sua prestação de contas do São João.

Avaliação – “Ele está fazendo muita coisa que poucos tiveram coragem de fazer”. Do secretário de Articulação, Adalberto Fulgêncio (PT), sobre a gestão do petista Luciano Cartaxo.

Supetão – Na primeira reunião do PSB, pós-rompimento do vereador Renato Martins com Cartaxo, o presidente municipal da legenda, Ronaldo Barbosa, se revelou surpreso.

Pessoal – Em conversa com socialistas, Barbosa externou uma leitura: a decisão de Renato foi isolada e não deve ter agradado ao “chefe”, expressão como Ronaldo trata Ricardo.

No aguardo – A Prefeitura de João Pessoa espera pela liberação do Minha Casa, Minha Vida III para tocar as 10 mil casas contratadas, segundo a secretária Socorro Gadelha, da Habitação.

Dívida – Em passagem pela Capital paraibana, o juiz Marlon Reis, artífice da Lei da Ficha Limpa, criticou o Congresso, que “está em mora com a sociedade brasileira”.

Mãos atadas – “Nós cumprimos um papel meramente simulado”, asseverou o magistrado em relação à apreciação e julgamento das contas de campanha dos candidatos na Justiça Eleitoral.

Lembrança – Vital do Rêgo está no TCU, mas continua merecendo menções no Senado. A última foi de Walter Pinheiro (PT-BA), que elogiou o paraibano pela autoria da Lei das Antenas.

Marca-passo – A continuidade do tratamento da saúde do coração levou o deputado José Aldemir (PEN) a precisar pedir licença da Assembleia, após sucessivos mandatos na Casa.

Briga paroquial – Jullys Roberto (PEN), filho do ex-deputado Márcio Roberto (PMDB), assume a vaga e sinaliza polarização com o rival Galêgo Souza, adversário em São Bento, principal base.

PINGO QUENTE – “O DED estava caindo aos pedaços”. Do secretário estadual de Esportes, Tibério Limeira (PSB), sobre a inauguração hoje da Vila Olímpica Parahyba, reconstruída pelo Ricardo I.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.

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